Supervisão de estágio em Psicologia Escolar:enfrentando desafios e superando barreiras
Susana Konig Luz Faculdade Meridional -Passo Fundo -RS -Brasil
Simone Nenê Portela Dalbosco Faculdade Meridional -Passo Fundo -RS -Brasil
Josiane Lieberknecht Wathier Abaid Centro Universitário Franciscano -Santa Maria -RS -BrasilHistoricamente, o trabalho realizado pelo psicólogo no ambiente escolar foi marcado pela realização de intervenções individuais que resolviam problemas pontuais naquele espaço, tornando o aluno e sua família os únicos responsáveis pelos acontecimentos. De fato, a psicologia escolar como uma área de atuação do psicólogo ainda encontra-se em consolidação. Na prática, por vezes, o campo do psicó-logo escolar é percebido como uma psicologia clínica dentro da escola e não como uma psicologia institucional. Aliada à perspectiva clínica, o olhar remete à sua própria história quando a psicologia escolar estava a serviço da normatização daqueles alunos que não eram "normais" (Dias, Patias, & Abaid, 2014;Oliveira-Menegotto & Fontoura, 2015). Embora o conhecimento científico e a prática sobre essa forma de atuação do psicólogo tenham ampliado a visão e suas perspectivas de atuação, ainda se mantêm resquícios destas práticas normatizadoras, preconceituosas e excludentes.Essa mesma perspectiva perpassa como representação de muitos estudantes de psicologia que, ao se depararem com estágios não clínicos, chegam às escolas "sem saber o que fazer". Se, por um lado, alguns entendem que a psicologia escolar propõe-se a ser uma psicologia da instituição e não uma psicologia clínica, outros estudantes têm dificuldades em perceber essa diferença. Para os últimos, a