“…A esse respeito, o novo Acordo Ortográfico, promulgado pelo Decreto N. 6.583, de 29 de setembro de 2008, diz: 3º) Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim. O Tupi e o Português coexistindo no mesmo território produziram, ao longo da história, não só uma incalculável contribuição lexical de base Tupi, bem como variações diacrônicas, diatópicas e diastráticas de determinado termo genuinamente Tupi, que, portanto, transcendem às simples utilização do hífen. É o caso, por exemplo, de tatarana, taturana, mandorová, madruvá -entre outras -ao lado de criações portuguesas como bicho-cabeludo, lagarta- de-fogo, lagarta-cabeluda, gervão; etc. Contudo, é importante salientar o seguinte: se desde os primeiros contatos entre colonizadores e povos da família Tupi, a língua portuguesa foi tomando por empréstimo palavras do léxico indígena para nomear a nova realidade e os novos itens culturais, o mesmo não se pode dizer, com plena certeza, do contrário, uma vez que o Tupi resistiu, significativamente, durante certo período, à incorporação de palavras portuguesas (BACELAR;GÓIS, 1997;GÓIS, 2001). Assim, por 12.…”