2018
DOI: 10.22481/praxis.v14i30.4363
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A Prática De Ensino Supervisionada Nos Mestrados De Formação De Educadores/as E Professores/as Em Portugal: Vozes Das Coordenadoras

Abstract: A investigação sobre formação de professores/as e educadores/as tem sido profícua e plural.Não obstante, pouco se sabe sobre o que coordenadores/as ou diretores/as de curso sentem e refletemacerca da Prática de Ensino Supervisionada (PES). O estudo exploratório que apresentamos nopresente artigo, a partir da interlocução entre a Sociologia e as Ciências da Educação, teve comoprincipal objetivo identificar e analisar a opinião de 13 coordenadoras sobre os mestrados de formaçãode educadores/as e professores/as d… Show more

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“…Figura 2), em Portugal, possibilita revelar a natureza das questões percecionadas e incluídas nas agendas políticas, sendo os anos de 2007 e 2014 dois marcos fundamentais pela exigência, num primeiro momento, de uma formação superior, com percursos, tempos e planos de formação diversificados; e, num segundo momento, para as sucessivas alterações a essa formação, que decorrem de compromissos, de pressões internacionais e de opções políticas dos sucessivos governos relativamente à educação, em geral, e à formação de docentes, em particular. GONÇALVES, 2018) No que diz respeito à PES, Tomás e Gonçalves (2018) destacam três características visíveis: i) discursivas: pela valorização desta componente de formação, mais explícita em 2007, face à exigência da elaboração do Relatório e sua defesa pública (art.º 17 e art.º 20, respetivamente), numa aproximação dos mestrados de natureza profissionalizante aos mestrados de natureza pós-profissionalizantes; ii) organizacionais: alteração da duração e os pesos das componentes de formação, sobretudo as que estão associadas à área da docência e das didáticas específicas; iii) concetuais: são estabelecidos um conjunto de regras e de princípios em que se sublinha o detalhe e algumas alterações das atividades da PES, do primeiro para o segundo documento. Ou seja, assiste-se a uma reconfiguração das funções profissionais em que qualidades críticas e reflexivas, essenciais para a formação de profissionais transformadores, implicados na mudança social, parecem recuar para dar lugar a uma versão do/a profissional de tipo transmissivo e com pendor tecnicista, preocupado/a com as aprendizagens mais escolarizadas e não com a educação holística da criança.…”
Section: A Formação De Educadores/as De Infância Em Portugalunclassified
“…Figura 2), em Portugal, possibilita revelar a natureza das questões percecionadas e incluídas nas agendas políticas, sendo os anos de 2007 e 2014 dois marcos fundamentais pela exigência, num primeiro momento, de uma formação superior, com percursos, tempos e planos de formação diversificados; e, num segundo momento, para as sucessivas alterações a essa formação, que decorrem de compromissos, de pressões internacionais e de opções políticas dos sucessivos governos relativamente à educação, em geral, e à formação de docentes, em particular. GONÇALVES, 2018) No que diz respeito à PES, Tomás e Gonçalves (2018) destacam três características visíveis: i) discursivas: pela valorização desta componente de formação, mais explícita em 2007, face à exigência da elaboração do Relatório e sua defesa pública (art.º 17 e art.º 20, respetivamente), numa aproximação dos mestrados de natureza profissionalizante aos mestrados de natureza pós-profissionalizantes; ii) organizacionais: alteração da duração e os pesos das componentes de formação, sobretudo as que estão associadas à área da docência e das didáticas específicas; iii) concetuais: são estabelecidos um conjunto de regras e de princípios em que se sublinha o detalhe e algumas alterações das atividades da PES, do primeiro para o segundo documento. Ou seja, assiste-se a uma reconfiguração das funções profissionais em que qualidades críticas e reflexivas, essenciais para a formação de profissionais transformadores, implicados na mudança social, parecem recuar para dar lugar a uma versão do/a profissional de tipo transmissivo e com pendor tecnicista, preocupado/a com as aprendizagens mais escolarizadas e não com a educação holística da criança.…”
Section: A Formação De Educadores/as De Infância Em Portugalunclassified
“…Todavia, as intensas e aceleradas transições paradigmáticas na formação de profissionais que trabalham com crianças até aos 12 anos, em Portugal, enunciam questões e análises com novas nuances. Assistimos, desde 1992, a um conjunto de alterações no já longo e complexo processo de formação de educadores/as e professores/as, via adesão ao Processo de Bolonha, caracterizado por diversos autores como política educacional supranacional, tendo em vista "um movimento em direção à convergência" (LIMA; AZEVEDO; CATANI, 2008, p. 14) institucional, organizacional e ideológica, que marca um processo de redefinição de funções, identidades e trajetórias dos/as profissionais de educação (SERRALHEIRO, 2005;FERREIRA;FERNANDES, 2015;GONÇALVES, 2018; EUROPEAN COMMISSION/EACEA/EURYDICE, 2018). Em Portugal, o início do novo século trouxe mudanças profundas no que diz respeito ao processo de formação daqueles/as profissionais.…”
Section: Práctica De Enseñanza • Supervisión • Educación Básica • Ensunclassified
“…As mudanças mais presentes remetem-nos para um conjunto de desassossegos reais, tanto dos/as docentes do ensino superior e dos/as educadores/as e/ou professores/as cooperantes, como dos/as estudantes em relação à formação, em geral, e à PES, em particular. Destacam-se, entre outras dimensões: a crescente academização da formação; a pouca autonomia das instituições de ensino superior na organização dos planos de estudos; a ausência de participação dos/as professores/as e dos/as estudantes do ensino superior na discussão desses planos; a sobrevalorização de determinadas áreas de conhecimento, como a matemática e o português, sobretudo entre 2011 e 2015; os discursos sobre a prática docente em permanente tensão, ou mesmo em contradição, com a ação pedagógica; assim como o insuficiente número de horas PES na formação de educadores/as e professores/as, tanto na licenciatura como no mestrado 2 (ESTRELA; ESTEVES; RODRIGUES, 2002;LEITE, 2005;SERRALHEIRO, 2005;CARDONA, 2008;ALARCÃO;ROLDÃO, 2010;BIANCHETTI;SGUISSARDI, 2009;RAMALHO, 2015;COCHRAN-SMITH;VILLEGAS, 2016;FERREIRA, 2016;GALVÃO;PONTE, 2018;GONÇALVES, 2018).…”
Section: Práctica De Enseñanza • Supervisión • Educación Básica • Ensunclassified
“…A primeira, de natureza estrutural, exige uma formação superior a estes(as) profissionais. A segunda, de natureza político-pedagógica, altera sucessivamente, em intensidade e densidade, a formação, e decorre de um processo de europeização, harmonização e convergência entre sistemas de ensino superior dos diversos países europeus, isto é, de compromissos e pressões internacionais assumidos com o Processo de Bolonha (SERRALHEIRO, 2005;FERREIRA;FERNANDES, 2015;TOMÁS;GONÇALVES, 2018; EUROPEAN COMMISSION/EACEA/EURYDICE, 2018) e de um processo de governação, ou seja, das opções políticas dos sucessivos governos relativamente à educação, em geral, e à formação de docentes, em particular. Podemos, por conseguinte, afirmar que se inaugura um novo paradigma, não isento de críticas (LIMA;AZEVEDO;CATANI, 2008;RAMALHO, 2015).…”
Section: Decreto-lei 79/2014 De 14 De Maiounclassified