“…Figura 2), em Portugal, possibilita revelar a natureza das questões percecionadas e incluídas nas agendas políticas, sendo os anos de 2007 e 2014 dois marcos fundamentais pela exigência, num primeiro momento, de uma formação superior, com percursos, tempos e planos de formação diversificados; e, num segundo momento, para as sucessivas alterações a essa formação, que decorrem de compromissos, de pressões internacionais e de opções políticas dos sucessivos governos relativamente à educação, em geral, e à formação de docentes, em particular. GONÇALVES, 2018) No que diz respeito à PES, Tomás e Gonçalves (2018) destacam três características visíveis: i) discursivas: pela valorização desta componente de formação, mais explícita em 2007, face à exigência da elaboração do Relatório e sua defesa pública (art.º 17 e art.º 20, respetivamente), numa aproximação dos mestrados de natureza profissionalizante aos mestrados de natureza pós-profissionalizantes; ii) organizacionais: alteração da duração e os pesos das componentes de formação, sobretudo as que estão associadas à área da docência e das didáticas específicas; iii) concetuais: são estabelecidos um conjunto de regras e de princípios em que se sublinha o detalhe e algumas alterações das atividades da PES, do primeiro para o segundo documento. Ou seja, assiste-se a uma reconfiguração das funções profissionais em que qualidades críticas e reflexivas, essenciais para a formação de profissionais transformadores, implicados na mudança social, parecem recuar para dar lugar a uma versão do/a profissional de tipo transmissivo e com pendor tecnicista, preocupado/a com as aprendizagens mais escolarizadas e não com a educação holística da criança.…”