A prática da hidroginástica como tratamento complementar para pacientes com transtorno de ansiedade

Abstract

OBJETIVO: Analisar a efetividade da hidroginástica, como auxiliar terapêutico à redução do nível de ansiedade, em mulheres diagnosticadas com transtorno de ansiedade. MÉTODOS: Este ensaio clínico teve a participação de pacientes com ansiedade, sendo a depressão a comorbidade existente, do programa de Residência Médica em Psiquiatria do Hospital Universitário de Maringá, todas em tratamento com medicamentos (n = 16: grupo experimental = 8; grupo-controle = 8). O experimento foi realizado na piscina aquecida do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá. O delineamento do estudo foi elaborado com duas sessões de hidroginástica por semana, durante 12 semanas. Os instrumentos utilizados foram: o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e o Perfil de Estado de Humor (POMS). Para análise estatística, foram utilizados o teste de Friedman, o Teste de Wilcoxon, o Teste de Mann-Whitney e Comparações Múltiplas, adotando significância em 5%. RESULTADOS: Os escores do transtorno de ansiedade tiveram redução no grupo experimental, após 12 semanas de intervenção (19,12 ± 3,12 para 8,37 ± 4,60 pontos, P = 0,0005*), e no grupo-controle (17,87 ± 14,32 para 12,12 ± 9,58 pontos, P = 0,254). Para o perfil do estado de humor, o grupo experimental evidenciou perfil de saúde mental positiva, enquanto o grupo-controle demonstrou perfil negativo de estado de humor. CONCLUSÕES: Portanto, as pacientes do grupo experimental evidenciaram significativa redução do nível de ansiedade em relação às pacientes do grupo-controle, que utilizaram apenas o tratamento convencional com medicamentos. Para o perfil do estado de humor, foram encontradas alterações no decorrer do estudo; o grupo-controle experimentou alteração negativa de humor durante o ensaio clínico, enquanto os pacientes do grupo experimental evidenciaram perfil positivo de estado de humor com redução da tensão, depressão, raiva, confusão e aumento do vigor.

Relationship Among Physical Activity Level, Mood and Anxiety States and Quality of Life in Physical Education Students

“…These findings do not corroborate those of Vieira et al [52], who analyzed the effects of two water aerobic sessions per week for 12 weeks in women (n = 16) with mean age of 36.45 (± 9.45) years, diagnosed with anxiety disorder. The authors found a significant reduction in anxiety level in the experimental group.…”

Resposta da prática de 12 semanas de natação sobre saúde mental em indivíduos com amputação de membros

“…Nossos resultados apontam que em ambos os grupos (amputados e não amputados), os praticantes se beneficiaram da prática de natação e reduziram os escores de ansiedade. Os estudos mostram que a prática de exercício físico melhora aspectos de ansiedade em pessoas com deficiência física (MEDEIROS, 2018), e que a prática regular está associada à redução de índices de ansiedade e depressão, especialmente em exercícios aquáticos (ANTUNES, 2005;VIEIRA, 2009;LAMEGO, 2016;ARAUJO;MELLO;LEITE, 2007).…”

“…Em relação ao efeito agudo do exercício na ansiedade, Vieira et al (2009) apontam que durante a prática do exercício ocorre a liberação de neurotransmissores como dopamina e bendorfina, responsáveis por proporcionar efeito tranquilizante e analgésico no pós-treino, percebido por meio da redução da frequência cardíaca, por exemplo. Já em relação ao efeito crônico do exercício na resposta ansiolítica, a literatura aponta que a prática regular pode resultar * * na melhora de sintomas de tensão, depressão, raiva, fadiga e confusão, além de melhorar aspectos como agressividade, autoestima e interação social (VIEIRA, 2009). Psicologicamente, a prática de exercício proporciona ao indivíduo aumento da atividade social e relação interpessoal, o que gera aumento do bem-estar psicofisiológico e da qualidade de vida, principalmente quando aliado ao tratamento psicológico ou psiquiátrico (VIEIRA, 2009;ARAUJO;LEITE, 2007).…”

“…A prática de esportes vem sendo apontada como um dos tratamentos não medicamentosos que podem proporcionar benefícios relacionados à saúde mental, mais especificamente na depressão, ansiedade e autoestima (BAVOSO, 2018), por conta dos fatores fisiológicos e psicossociais (VIEIRA, 2009;MORAES, 2007). Em relação à pratica de natação para o deficiente, esta tem sido diferenciada de outros esportes, em virtude da liberdade de movimento e independência funcional que a mesma oferece (VIEIRA et al, 2018).…”

Lazer entre universitários da área da saúde: revisão de literatura

“…Discute-se a inclusão nesta lista o conteúdo "virtual", referindo-se ao uso da internet e jogos eletrônicos 7 . De um modo geral, na literatura, são encontradas diversas publicações que associam melhor saúde física e/ou mental à vivência do lazer na população em geral [8][9][10] , destacando-se a população jovem e os estudantes de graduação [11][12][13][14] .…”