“…É exactamente essa a mensagem simultaneamente acutilante e generosa de Museu da Revolução que retomaremos no curso deste espaço. Com rigor, lançando o nosso olhar na esteira da mundanidade dos estudos pós-coloniais, é o momento de realçar a relevância seja epistemológica, seja metodológica da pós-memória para uma visão mais aberta e ativa que traz para os estudos da pós-colonialidade o fulgor, o ativismo e a responsabilidade cívica das novas gerações através da arte (MEDEIROS, 2021a(MEDEIROS, , 2021bRIBEIRO, 2020aRIBEIRO, , 2020bJORGE, 2021;RODRIGUES, 2021;SOUSA, 2022), da cidadania e do ativismo (KHAN, 2016(KHAN, , 2017. Já não são apenas as sementes da descolonização que orientam as novas posturas de encarar e ler o passado, é o espaçamento do tempo para além do presente, embora inconstante, que importa defender e encarar a partir de um trabalho de aproximação crítico, atento, contundente e sagaz relativamente aos espaços em branco assim mantidos e reforçados por toda uma ancestralidade marcada pela experiência da modernidade/ colonialidade ocidental (KHAN; CAN; MACHADO, 2021).…”