A percepção das gestantes frente à utilização de plantas medicinais no município de Cuité-PB

Abstract

Objetivo: avaliar o conhecimento de gestantes em relação à utilização de plantas medicinais no município de Cuité-PB. Metodologia: consiste em uma pesquisa de abordagem quantitativa, com tipologia descritiva e de corte transversal, realizada nas Estratégias Saúde da Família e Centro de Referência de Assistência Social no município de Cuité-PB, com 50 gestantes no período de fevereiro a março de 2019. Resultados: foi possível verificar o conhecimento das gestantes acerca das plantas medicinais utilizadas em geral, sua forma de aquisição, indicação, e seu uso no período gestacional, evidenciando riscos, contraindicações e orientações dos profissionais de saúde diante do tema. Desta forma, percebeu-se que o conhecimento científico deve prevalecer sobre o senso comum coletivo, devido à falta de informações seguras acerca da utilização de plantas como forma de tratamento, principalmente durante a gestação, visto que 36% das entrevistadas afirmaram ter orientação sobre esta prática durante o acompanhamento gestacional. Conclusão: portanto, compreender a visão das gestantes foi de grande relevância, uma vez que a utilização de plantas medicinais no período gravídico oferece riscos ao desenvolvimento fetal e à saúde materna. Por fim, a orientação por parte dos profissionais de saúde é imprescindível para prevenir riscos e agravos à saúde, fortalecendo e valorizando as Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde.

Cultivo e uso de plantas medicinais na comunidade rural Sítio Bujari, Cuité, Paraíba, Brasil

“…É possível inferir uma conexão entre a prevalência de HAS nos idosos desse estudo e o cultivo e uso de espécies vegetais como o chuchu, a hortelã, o alecrim e o sabugueiro, que são conhecidos por suas propriedades anti-hipertensivas [13][14][15]28,[29][30][31] . Embora o uso dessas plantas possa ter se originado a partir de um conhecimento popular empírico, é interessante observar que evidências científicas também existem para apoiar seu uso terapêutico.…”

“…Em relação a atividade hipotensora do sabugueiro (Sambucus nigra L.) estudos identificaram que o extrato polifenólico do fruto apresentou um aumento do fluxo urinário, eliminando grande quantidade de sódio e potássio, comparando aos efeitos farmacológicos da Hidroclorotiazida. Ressalta-se ainda, que a associação da planta medicinal a um medicamento inibidor da renina, Alisquireno, promoveu uma maior diminuição da pressão arterial sistólica e diastólica em comparação com os valores obtidos com o grupo que recebeu apenas o alisquireno, evidenciando a potencialização do fármaco 13 . Saúde Meio Ambient.…”

“…A falta de padronização para o preparo e ingestão das ervas medicinais e a frequência da automedicação sem o conhecimento dos profissionais de saúde são fatores complicados desse processo, uma vez que a avaliação de potenciais interações com medicamentos resulta na prevenção de riscos e agravos, contribuindo para o uso racional e seguro por parte dos usuários 16 . Neste sentido, os profissionais de saúde devem orientar os pacientes quanto ao uso correto das espécies medicinais, alertando quanto a falsa impressão de inocuidade, as complicações decorrentes do uso indiscriminado, casos de intoxicação e até mesmo morte em virtude da utilização inadequada 13 . É fundamental que os profissionais de saúde obtenham conhecimentos sobre fitoterapia para se sentirem capacitados a prescrever, orientar e alertar sobre os riscos do uso indiscriminado.…”

“…Saúde Meio Ambient. v. 13 Os que aceitaram participar, foram convidados a realizar uma visita guiada. As visitas realizaram-se com os entrevistados em volta de suas residências, em geral nos quintais, mas também em roças e áreas de mata vizinhas.…”

“…Plantas medicinais, medicamentos/classes e interações medicamentosas conhecidas. Santos13 (2017); Souza et al14 (2017); Alves; Mattos 15 (2021); Ferreira et al16 (2022); Porto et al17 (2022); Silva et al 18 (2022).…”