Abstract:ResumoPara o desenvolvimento deste estudo realizou-se, por meio de indexadores nacionais e internacionais, uma busca em periódicos científicos por artigos que tratassem da queixa/fracasso escolar (dificuldade de aprendizagem). Com o estudo objetivamos verificar as perspectivas teóricas e as concepções de queixa/fracasso escolar presentes nesses artigos. Os 77 artigos encontrados foram estruturados a partir de categorias e analisados do ponto de vista da Psicologia Histórico-Cultural. Os resultados revelaram qu… Show more
“…2012). De acordo com uma pesquisa, a respeito de concepções subjacentes às queixas relacionadas com linguagem escrita e explicações acerca do fracasso escolar, 67% dos estudos levantados relacionavam problemas no âmbito da aprendizagem Autopercepção de sujeitos sobre queixas relacionadas a distúrbios de leitura/escrita a fatores de ordem individual do aluno, bem como da família e/ou do professor (LEONARDO; LEAL; ROSSATO, 2015).…”
Section: Discussionunclassified
“…Ressalta-se, assim, a relevância em conceber a linguagem enquanto trabalho social e interacional que articula dimensões individuais e sociais, uma vez que ler e escrever é possível a partir da interação entre locutor e interlocutor dentro de um contexto social, o que requer várias capacidades linguístico-discursivas que permitem a construção de sentidos do texto . Aliás, manifestações como trocas, inversões e aglutinações na escrita, que evidenciam atitudes de análise sobre a língua, podem ser abordadas a partir de produção discursiva, ou seja, a partir da produção de textos, o que possibilita que a ortografia convencional ganhe função para a criança e passe a ser foco de sua atenção e reflexão, uma vez que ela necessita e deseja ser entendida pelo outro, leitor SANTANA, 2011;Berberian;Munhoz;Guarinello;Krüger;Souza;Santos, 2009).…”
Objetivo: analisar a visão de sujeitos sobre queixas relacionadas a distúrbios de leitura e escrita. Método: trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório, realizada em uma clínica-escola de Fonoaudiologia vinculada a uma Instituição de Ensino Superior localizada no Sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com os sujeitos participantes e analisados através de Análise de Conteúdo. Nesse sentido, foram organizados dois eixos: eixo 1: “Visão dos sujeitos a respeito da queixa sobre as dificuldades de leitura e escrita”, dividido em três categorias: motivo do encaminhamento; causa da dificuldade; sentimento diante da dificuldade; eixo 2: “Visão dos sujeitos diante da leitura e da escrita”, teve como objetivo analisar a visão dos sujeitos acerca da leitura e da escrita, dividido em duas categorias: o que referem acerca da leitura; o que referem acerca da escrita. Resultado: amostra composta por dez sujeitos, com idade de seis a quatorze anos, cursando entre primeiro e sétimo ano do ensino fundamental. Os discursos dos participantes veiculam uma perspectiva organicista, a qual associa dificuldades de leitura/escrita a aspectos centrados nos sujeitos e de origens orgânica e/ou emocional/comportamental. Considerações Finais: constata-se uma discursivização negativa dos participantes sobre os mesmos com relação à queixa referente à linguagem escrita, sendo seus discursos repetições de outras falas, vozes sociais, advindas de outros, como professor(a) e/ou responsáveis. Sob uma perspectiva embasada em análise dialógica do discurso, essa queixa pode ser compreendida a partir de reflexões que consideram historicidade da linguagem, função da escrita, assim como contexto social e interações verbais, os quais concretizam o uso da linguagem que envolvem, necessariamente, o eu e o outro.
“…2012). De acordo com uma pesquisa, a respeito de concepções subjacentes às queixas relacionadas com linguagem escrita e explicações acerca do fracasso escolar, 67% dos estudos levantados relacionavam problemas no âmbito da aprendizagem Autopercepção de sujeitos sobre queixas relacionadas a distúrbios de leitura/escrita a fatores de ordem individual do aluno, bem como da família e/ou do professor (LEONARDO; LEAL; ROSSATO, 2015).…”
Section: Discussionunclassified
“…Ressalta-se, assim, a relevância em conceber a linguagem enquanto trabalho social e interacional que articula dimensões individuais e sociais, uma vez que ler e escrever é possível a partir da interação entre locutor e interlocutor dentro de um contexto social, o que requer várias capacidades linguístico-discursivas que permitem a construção de sentidos do texto . Aliás, manifestações como trocas, inversões e aglutinações na escrita, que evidenciam atitudes de análise sobre a língua, podem ser abordadas a partir de produção discursiva, ou seja, a partir da produção de textos, o que possibilita que a ortografia convencional ganhe função para a criança e passe a ser foco de sua atenção e reflexão, uma vez que ela necessita e deseja ser entendida pelo outro, leitor SANTANA, 2011;Berberian;Munhoz;Guarinello;Krüger;Souza;Santos, 2009).…”
Objetivo: analisar a visão de sujeitos sobre queixas relacionadas a distúrbios de leitura e escrita. Método: trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório, realizada em uma clínica-escola de Fonoaudiologia vinculada a uma Instituição de Ensino Superior localizada no Sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com os sujeitos participantes e analisados através de Análise de Conteúdo. Nesse sentido, foram organizados dois eixos: eixo 1: “Visão dos sujeitos a respeito da queixa sobre as dificuldades de leitura e escrita”, dividido em três categorias: motivo do encaminhamento; causa da dificuldade; sentimento diante da dificuldade; eixo 2: “Visão dos sujeitos diante da leitura e da escrita”, teve como objetivo analisar a visão dos sujeitos acerca da leitura e da escrita, dividido em duas categorias: o que referem acerca da leitura; o que referem acerca da escrita. Resultado: amostra composta por dez sujeitos, com idade de seis a quatorze anos, cursando entre primeiro e sétimo ano do ensino fundamental. Os discursos dos participantes veiculam uma perspectiva organicista, a qual associa dificuldades de leitura/escrita a aspectos centrados nos sujeitos e de origens orgânica e/ou emocional/comportamental. Considerações Finais: constata-se uma discursivização negativa dos participantes sobre os mesmos com relação à queixa referente à linguagem escrita, sendo seus discursos repetições de outras falas, vozes sociais, advindas de outros, como professor(a) e/ou responsáveis. Sob uma perspectiva embasada em análise dialógica do discurso, essa queixa pode ser compreendida a partir de reflexões que consideram historicidade da linguagem, função da escrita, assim como contexto social e interações verbais, os quais concretizam o uso da linguagem que envolvem, necessariamente, o eu e o outro.
“…Dizemos isso pois, em uma relação distante e sem compreensão do que faz o psicólogo na escola ou junto a ela, pode-se criar uma concepção de uma Psicologia clínica dentro da escola, individualizando questões que são constituídas no bojo das relações escolares e, se desconsideradas suas relações sociais, culturais, políticas e contextuais, podemos facilmente cair em um lugar comum de buscar uma solução apenas em quem desponta dessa relação: muitas vezes o aluno ou sua família (MOREIRA;COTRIN, 2016). O papel da Psicologia Escolar nas queixas escolares, por exemplo, é justamente a investigação, compreensão e atuação conjunta com todos os atores da trama escolar, movimentando aluno, professor, família e comunidade institucional para pensar e superar o que se cristaliza como queixa -outrora denominada como fracasso escolar ou dificuldades de aprendizagem ou problemas de comportamento 3 (LEONARDO, LEAL,ROSSATO, 2015).Numa perspectiva crítica, fundamentada na Psicologia Histórico-Cultural, o diálogo que se faz entre professores e psicólogos deve contribuir para a efetivação de práticas críticas e compromissadas com a transformação social e emancipação humana. Cabe ressaltar que no ano de 2019, no Brasil, depois de anos de tramitação e mudanças na proposta, tivemos a aprovação da Lei nº 13.935, de 11 de Dezembro de 2019 que dispõe sobre a prestação de serviços de 3 O termo fracasso escolar caiu em desuso pela área de Psicologia Escolar e Educacional ao designarmos as intercorrências no processo de escolarização pela conotação do termo insucesso ser atribuído de maneira isolada a algum dos participantes dessa rede: seja aluno e/ou sua família ou o professor.…”
Este artigo apresenta reflexões sobre a formação inicial de professores fundamentada na Psicologia Histórico-Cultural e com vistas a uma atuação crítica na realidade pelo futuro docente da Educação Básica. Propõe a apresentação e apropriação de conceitos essenciais a graduandos do curso de Pedagogia para o desenvolvimento da atividade de ensino com o olhar aos processos de aprendizagem e desenvolvimento humano de maneira crítica e compromissada com a transformação social. Com isso, temos uma proposta de formação que dialogue com os conhecimentos dessa Psicologia considerando a apropriação da cultura como elementos fundantes do processo de humanização. Consideramos, ao final, quais diálogos almejamos constituir entre professores e psicólogos no processo de escolarização.
Ao optar por conteúdos descontextualizados, exercícios e problemas padronizados repetidos à exaustão, o ensino da matemática tradicional prioriza uma aprendizagem descompromissada com a articulação de um pensamento crítico, além de escolher uma linguagem geralmente acessível às classes que detêm um maior capital econômico e cultural. É uma matemática que exclui e que faz crer na existência de um talento natural para justificar o sucesso escolar. Contudo, tendo como base três teóricos que são referências sobre a educação matemática crítica (Skovsmose, 2001, 2008, 2014; D’ambrósio, 1986, 2005; Barbosa, 2001, 2004), o ensaio propõe uma investigação teórica sobre as possibilidades do uso da modelagem matemática como ferramenta para o ensino não ser um mero reprodutor das relações de exploração, mas um caminho para a emancipação e promoção do pensamento crítico e reflexivo. O objetivo é promover uma reflexão sobre a prática da modelagem matemática na promoção de uma educação matemática crítica, mostrando sua relação com o desenvolvimento de um pensamento autônomo e emancipatório. Ao fim, esperamos concluir que o uso de modelos matemáticos é uma estratégia importante para que a educação matemática seja uma ferramenta crítica de interpretação de uma situação real.
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