A medicina preventiva

Abstract

Introduction: According to the Ottawa Charter (WHO, 1986), Health Promotion is the process of enabling people to increase control over, and to improve, their health. Prevention is a major component of Health Promotion. However, applying prevention may raise multiple ethical issues which can interfere with the final result. Content: Under this context and based on the principles of medical ethics, we discuss some clinical practice topics related with the modern Family Medicine: risk factors, health education, immunization, screening and the model of consultation. Conclusion: The reflection about some ethical dilemmas surrounding the clinical practice in Family Medicine is expected to contribute to improve the way prevention is performed. Particular relevance and attention should be given to the evolution of the consultation model and of the medical decision model.

O desafio da equidade: fatores associados aos gastos com a produção ambulatorial na atenção secundária

“…O autor ainda destaca que, em relação a prática médica, além da formação para a especialidade, estamos ainda vivenciando momentos em que há menos tolerância com as oscilações e variações do processo saúde-doença individual, fazendo com que os médicos intervenham mais precocemente, e assim utilizam com maior intensidade recursos preventivos, diagnósticos e terapêuticos, como conduta hegemônica para esclarecimento de hipóteses diagnósticas ou por pressão de demanda dos pacientes. A orientação de intervenções/conduta em razão do medo dos médicos recebeu a denominação de medicina defensiva (Gérvas, 2006;Hespanhol et al, 2008).…”

“…Os autores também evidenciaram que a sobrecarga de encaminhamentos para a atenção secundária pode ser atribuída à baixa resolutividade na atenção primária apontada pelos profissionais devido a problemas na gestão dos recursos disponíveis, no estrangulamento da atenção secundária, especialmente pela falta de profissionais especializados e também por encaminhamentos excessivos. O que se espera com a melhor efetividade do modelo de Saúde da Família é que a resposta ao crescimento dos gastos com cuidados de saúde possa ser melhor ordenada ao proporcionar a racionalidade do tratamento, a utilização mais criteriosa dos recursos e a melhoria da qualidade da atividade profissional (Gérvas, 2006;Gérvas & Fernández, 2006;Hespanhol et al, 2008).…”

Questões epistemológicas e bioéticas da prevenção quaternária

“…Vão nesse sentido a criação e utilização cada vez mais comum dos conceitos «número necessário para rastrear/tratar» (NNR/T) e «número necessário para danificar» (NND). O NNR/T indica-nos o número de pacientes que é necessário rastrear ou tratar, durante o período de tempo que durou o ensaio, para evitar um evento adicional e, na prática, traduz uma forma de medir o grau de beneficência de uma determinada intervenção (HESPANHOL;COUTO;MARTINS, 2008, p.52).…”

Educação para a saúde e prevenção na consulta de Medicina Geral e Familiar (I)

“…• a vigilância médica contínua da terapêutica; lizada, dirigida aos indivíduos e às suas famílias, ao nível da relação médico/utente, ou seja, a nível da consulta. 11,19 Embora a generalidade dos autores refira que a consulta é uma aptidão comum às diferentes formas de exercício da profissão médica, em Medicina Geral e Familiar esse encontro singular entre uma pessoa necessitada de auxílio e um médico que lho pode dar, é, seguramente, o seu instrumento privilegiado de trabalho e tem vindo a ser considerado o veículo mais eficaz e mais credível de Educação para a Saúde e de Prevenção da Doença. [20][21][22] Para que a consulta seja um meio adequado da relação médico/utente numa perspectiva global, é preciso que os médicos estejam conscientes dos factores essenciais da comunicação frente a frente, assim como das diferentes modalidades de comunicação na consulta, que constituem a mensagem do utente para o médico e a retro-informação deste para o utente.…”

“…Estas ferramentas podem contribuir para a eficiência da Medicina Preventiva, contudo, não deverá, nunca, ser esquecido o adequado desempenho do passo 4, nem descurada a observância dos princípios éticos, que, no âmbito da Medicina Preventiva, tem sido alvo de intensa reflexão. 11,39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…”