Este artigo explora a experiência da criação de peças educomunicativas para abordagem de temáticas socioambientais no contexto escolar. O presente trabalho aponta resultados parciais de uma dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da Universidade Estadual de Maringá (PCM-UEM). Trata-se de uma pesquisa qualitativa que adotou gravações em áudio e entrevistas como instrumento de coleta de dados durante um processo de formação continuada em Educação Ambiental (EA) e Educomunicação. A análise dos resultados foi baseada nos princípios da análise de conteúdo proposta por Bardin. Foram evidenciadas diferentes potencialidades do processo de criação das peças, como a ampliação de concepções de ambiente, análise crítica de notícias, aproximação escola-comunidade, entre outras, condizentes com os princípios críticos da EA. Notamos que a educomunicação socioambiental oportunizou que as contribuições da pesquisa se estendessem aos elementos do ensino, ao favorecer o letramento científico, a aprendizagem significativa e o trabalho com as tecnologias da informação e comunicação. Foram apontadas algumas dificuldades para a criação das peças, como aprofundamento teórico e contextualização, desinteresse de alguns alunos, ensino tradicional e escassez de materiais na escola, as quais são pertinentes e evidenciam fragilidades nas estratégias, porém são superadas pelas potencialidades levantadas e podem ser mitigadas ao longo do desenvolvimento profissional de cada professora. A análise da criação das peças educomunicativas nos permite inferir que a educomunicação socioambiental serviu como uma ferramenta capaz de contribuir com a inserção da EA Crítica no espaço escolar, bem como com a superação do ensino tradicional.