A ilha escondida de Reil: córtex insular e sua participação nas respostas emocionais, vícios e tomadas de decisões

Abstract

Introdução: Apoiado por estudos recentes de neuroimagem humana, a ínsula está reemergindo comouma importante área do cérebro, não apenas na compreensão fisiológica e homeostática do corpo, mas também em contextos patológicos na pesquisa clínica, implicada em funções cognitivas, afetivas e regulatórias distintas, incluindo consciência interoceptiva, respostas emocionais, processos empáticos, tomadas de decisões e até mesmo catalisadora de comportamentos viciosos. Objetivo: Investigar as funções insulares relacionadas aos comportamentos emocionais, vícios e tomadas de decisões, que são corroborados pela ativação do córtex insular. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, que busca evidências sobre as funções insulares relacionadas às respostas emocionais, vícios e tomadas de decisões. A pesquisa foi realizada por meio de bases de dados PubMed, MEDLINE, Scielo, CDSR, Google Scholar, BVS e EBSCO, no período de 2003 a 2021. Resultados: O estudo confirma o papel necessário do córtex insular na resposta emocional e afetiva. Além disso, o córtex insular de usuários de drogas exibe alterações estruturais, e a atividade da ínsula durante a tomada de decisão se correlaciona com a propensão de recaída para consumir drogas. Ademais, estudos de imagem funcional em humanos revelaram ativação da ínsula após o consumo de drogas e desejo, e uma das descobertas mais impressionantes de pacientes com lesões de ínsula é que ela interrompe o vício do tabagismo. Conclusão: A ínsula foi tem uma infinidade de funções, que podem, a princípio, apresentar um quadro um tanto confuso, sendo necessários estudos posteriores que esclareçam esta complexa Ilha escondida de Reil.

Mindfulness como alavanca da empatia no desenvolvimento da criança em contexto escolar

“…A empatia constitui um mecanismo biológico de desenvolvimento socio-emocional desde a primeira infancia, permitindo relações mais equilibradas e harmoniosas (Gaspar, 2014). Os estudos referem que a ínsula está relacionada com o reconhecimento de si próprio Bolaños & Acosta, 2013), a emoção nojo, a percepção de dor, fenómenos interoceptivos e a empatia (Caixeta et al, 2021). Yu et al (2022) refere-se à função de interoceção da ínsula, permitindo perceber as sensações corporais.…”

“…Já Damásio (2010) refere-se à ínsula como protoself, fundamental no mapeamento das sensações e significado das emoções, ou seja, a consciência dos sentimentos dos outros. Sob o ponto de vista da função, a ínsula é responsável pelo sentido de reconhecimento de si próprio, pelos mecanismos da emoção nojo, pela empatia, pelos fenómenos interoceptivos e pela precepção de dor (Caixeta et al, 2021). Segundo Yu et al (2022) a interocepção da ínsula inicia-se ao nível do cortex insular posterior (CIP) através da codificação dos estímulos externos em estímulos sensoriais.…”