A agricultura representa uma importante atividade econômica mundial e a busca pelo aumento da produtividade incorporou o uso de agrotóxicos nesta prática. Com isso a exposição a esses produtos químicos e possíveis prejuízos a saúde tornou-se um problema de saúde pública. As crianças são particularmente vulneráveis à exposição a agrotóxicos, devido a fatores de desenvolvimento, dieta e fisiologia. O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão integrativa em plataforma digital PubMed para levantar e analisar as publicações científicas dos últimos cinco anos sobre a relação da exposição de crianças a agrotóxicos. Após a triagem, 32 estudos foram selecionados de acordo com critério pré-estabelecidos. Os artigos foram resumidos com base nos objetivos, na metodologia e nos resultados. Os delineamentos dos artigos foram: 15 transversais, seis caso-controle, cinco coortes, três coortes prospectivas, dois observacionais e um experimental. As publicações produzidas no período analisado, evidenciam o prejuízo causado sobre a saúde das crianças, tais como aumento de micronúcleos, danos oxidativos ao DNA, leucemia, efeitos neurológicos, asma, rinite alérgica, alterações de tireoide, entre outros agravos a saúde. Portanto, esta revisão integrativa evidenciou que a exposição de crianças a agrotóxicos na zona rural está de fato associado a ocorrência de uma série de agravos a saúde infantil. Palavras-chave: agroquímicos; saúde infantil; área rural.
Existe relação entre stress parental, bem-estar familiar e desenvolvimento bio-psicológico dos filhos. Um risco acrescido de desenvolver patologia físico-psíquica está associado aos progenitores de crianças com necessidades especiais (CNE)Objetivos: Determinar o nível de stress em pais de CNE e identificar caraterísticas socioeconómicas que possam estar associadas a elevados níveis de stress.Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal e analítico, com base numa amostra não aleatória, constituída por 274 pais de CNE em Portugal. Os dados foram recolhidos de abril a outubro de 2017. Como instrumento para a recolha de dados foi utilizado um questionário que incluiu questões de natureza socioeconómica e a Escala de Stress Parental (ESP) constituída por 18 itens, avaliados numa escala de Likert que varia de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente).O score de stress resultou do somatório de todos os itens e foi, posteriormente, classificadotendo em conta os seguintes pontos de corte: Baixo:18-40; moderado: 41-66 e, elevado: 67 a 90.Resultados: Amostra maioritariamente do género feminino (65%), com idade média de 40,5anos (DP±8,25), dos distritos de Bragança ou Porto, (73,4%), com 12 anos de escolaridade (56,2%), casado(a) (61,3%), ocupação profissional a tempo inteiro (71,9%), rendimento mensal ≤1200 euros/mês (46,7%). O nível de stress parental variou de baixo (10,6%), moderado (46,7%) a elevado (42%). Verificaram-se associações, estatisticamente significativas, entre o nível de stress parental e as variáveis: distrito de residência, estado civil e rendimento do agregado familiar. A proporção de pais com níveis de stress elevados, foi maior em: distritos da Guarda, Viseu, Castelo Branco e Faro; casais em união de facto ou divorciados; em agregados com rendimento mensal ≤1 salário mínimo nacional (557 euros/mês).Considerações finais: O stress parental deve ser foco de implementação de ações promotoras do desenvolvimento saudável das CNE.
Introdução: Ao considerar o modelo de desenvolvimento adotado na agricultura brasileira, que se baseia na crescente demanda por substâncias químicas, estudos que analisem o impacto do uso dos agrotóxicos são relevantes para mensurar os desdobramentos nas populações atingidas. Assim, o presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica em plataforma digital, buscando publicações científicas de 2009-2019 referentes à exposição de gestantes aos agrotóxicos. Método: Nesta pesquisa utilizou-se a base PubMed para o levantamento dos artigos científicos publicados entre 1º/1/2009 e 31/12/2019, relacionados à exposição de gestantes a agrotóxicos em áreas rurais. Resultados: Inicialmente realizou-se a seleção de 207 publicações considerando o título seguido dos resumos, a fim de remover os registros que não se enquadravam nos critérios de inclusão. Após a triagem, 15 estudos permaneceram no conjunto. Discussão: As publicações produzidas no período de 2009 a 2019, referentes à exposição de gestantes a agrotóxicos na área rural, encontradas no presente estudo, evidenciam o prejuízo causado sobre a saúde das mulheres gestantes e seus bebês, tais como problemas de ganho de peso gestacional, parto prematuro, crianças com baixo peso, concentrações de pesticidas no sangue da mãe e recém-nascido, presença de pesticidas agrícolas selecionados no córtex cerebral do feto, ocorrência do aborto, entre outros agravos à saúde. Conclusões: Futuros estudos prospectivos, em âmbito de indivíduo, são necessários para avaliar melhor o potencial impacto da exposição a agrotóxicos na saúde da gestante e do recém-nascido.
RESUMO O presente artigo é parte de um estudo de doutoramento cuja temática aborda a discussão de questões de género e sexualidade em meio escolar nos países Brasil e Portugal, no âmbito da Educação para a Sexualidade (ES). Visto que o conceito de sexualidade se tem transformado, envolvendo aspetos não só biológicos, mas também históricos, sociais e culturais, entende-se ser importante um trabalho sistemático, permanente e estrutural dessa temática nas escolas. Assim, a ES conquista um papel importante nessa discussão, pois pode favorecer o debate sobre a naturalização e normalização de comportamentos e estereótipos de género, o que pode contribuir também para a prevenção da violência sexual e de género contra crianças e jovens na escola e em diferentes instituições sociais. Nesse sentido, esta proposta de investigação tem como objetivo analisar como o educador de Ensino Fundamental I no Brasil e o educador de 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB) em Portugal entende as questões de género e sexualidade no cotidiano escolar. Parte-se para uma pesquisa de caráter qualitativo e quantitativo, procurando analisar as legislações e políticas públicas implementadas no âmbito da ES, a opinião e o grau de conhecimento dos educadores sobre sexualidade e questões de género e sobre as abordagens dessas temáticas com as crianças, assim como entender como acontece o trabalho sobre sexualidade e questões de género nas escolas Brasileiras de Ensino Fundamental I e Portuguesas de 1.º CEB.
The institutionalization of children and adolescents has been an increasingly visible problem in modern society. Unfavourable socio-economic conditions have been joining the behavior problems and school absenteeism. When the family fails in its competence for education, social security or the Court withdraws the child or adolescent to a host institution.The aim of this research was to characterize self-esteem, assertiveness and resilience of institutionalized adolescents in the northern region of Portugal and to establish associations with these dependent variables and gender, scholar level and duration of the institutionalization. For the purpose of this study a wider questionnaire was carried out, and validated with a smaller group. It was a transversal study following a predominantly quantitative methodology, with a convenience sample. The sample included 101 adolescents (55 females and 46 males) from eight institutions, aged between 11 to 21 years old (average 15.45).For self-esteem the Rosenberg Self-Esteem Scale (Rosenberg, 1965), already validate for Portuguese adolescents, was used. For assertiveness and resilience it was applied the Global Evaluation Scale of Assertiveness and the Global Evaluation Scale of Resilience (Jardim & Pereira, 2006) we previously adapted and validated for adolescents. Collected data was introduced in a SPSS database. A descriptive analysis was done to characterize the sample concerning all the variables. To establish associations between individual factors and dependent variables t test, non-parametric tests and correlations were applied.Results indicated a relatively low self-esteem (28.03), with girls having a lower value than boys, without significant differences. No correlations were found between self-esteem and the time in the institution. Assertiveness of the sample is average (23.97) and higher for girls than boys, with a positive significant correlation with the scholar grade. Also the resilience is average (25.97), having girls a little lower mean than boys and no significant differences or correlations were found.
A educação emocional na escola funciona como estratégia de desenvolvimento para alunos e professores gerirem melhorassuasemoções. A educação cognitiva proporciona um contributo crucial para uma melhor compreensão do funcionamento do cérebro, tornando-se numa ferramenta muito útil para melhorar a qualidade e eficiência do processo ensino-aprendizagem. O objetivo geral deste trabalho consistiu em analisar o ponto de vista de diferentes autores sobre a importância da educação emocional e da estimulação cognitiva para a promoção da saúde. Seguiu-se uma metodologia qualitativa e como técnica de recolha de dados procedeu-se a pesquisa bibliográfica, utilizando as palavras-chave Educação Emocional, Educação Cognitiva e Promoção da Saúde. A pesquisa foi feita em várias bases de dados, nomeadamente de revistas científicas, repositórios de universidades, sitesespecíficos para o temae plataformas deinvestigadores. Posteriormente procedeu-sea uma Scoping Review orientada pelos princípios preconizados pelo Joanna Briggs Institute. Dois revisores independentes realizaram a análise de relevância dos artigos, a extração e a síntese dos dados. Após a seleção, constituiu-se um corpus de análise, composto por trinta estudos. Dos estudos encontrados aferiu-se ser fundamental o envolvimento dos alunos na aquisição e retenção do conhecimento, assim como a adoção de estratégias que especifiquem claramente a importância e o desígnio da aprendizagem, proporcionando às crianças o desenvolvimento de competências emocionais e cognitivas, nomeadamente a utilização de uma comunicação assertiva, um ambiente de sala deaulatranquilo,com luminosidade, temperaturae decoração adequadasao bem-estar. A adoção de hábitos saudáveis como a alimentação, as artes e a prática de atividade física, beneficiam um bem-estar físico, emocional e mental. Concluiu-se que a educação emocional e cognitiva constitui um poderoso instrumento na promoção da saúde, no desenvolvimento de autonomia, no autocontrolo e na qualidade de vida da criança e respetiva comunidade.
OBJETIVO: Avaliar o desenvolvimento psicomotor de crianças com baixo peso. METODOLOGIA: Estudo de campo, descritivo, observacional, transversal e com abordagem quantitativa, realizado no período de abril a julho de 2017, no Instituto da Primeira Infância. Foi aprovado pelo parecer 2.007.070/2017, seguindo a Resolução 466/12. Foram avaliadas 34 crianças com a faixa etária de 4 a 6 anos, utilizando a Bateria Psicomotora de Vitor da Fonseca – adaptada. Os dados foram analisados pelo software Statistical Packcage for the Social Sciences versão 20.0. RESULTADOS: Predomínio do gênero feminino, da faixa etária de seis anos e da renda mensal de até 1 salário mínimo. Do total de participantes, observou-se que 20 (59,8%) apresentaram o perfil dispráxico, 12 (35,2%) o perfil normal e duas (5,9%) o perfil bom. Correlacionando os fatores psicomotores com o perfil, observou-se que, com exceção da tonicidade, todos os outros seis fatores (equilíbrio, lateralidade, noção de corpo, estruturação espácio-temporal, praxia global e fina) obtiveram valores com a prevalência de pontuação 1 e 2, definindo um déficit psicomotor decorrente do baixo peso. Foi constatado também que 16 (57,1%) crianças, mesmo com a recuperação do estado nutricional, ainda apresentavam o perfil dispráxico. CONCLUSÃO: É possível através de ações conjuntas de acompanhamento nutricional e intervenção da psicomotricidade, reestabelecer o quadro de baixo peso e favorecer uma intervenção direcionada para o desenvolvimento psicomotor da criança.
Com este estudo exploratório pretendemos demarcar a influência de diversas motivações para a adesão à prática de atividade física (AF), num grupo de adolescentes e jovens adultos/as (n=186) em 2020, aquando dos períodos de confinamento pandémico, imposto pela COVID-19. Neste sentido, construímos um questionário no Google Forms, o qual foi aplicado on-line e nos permitiu recolher testemunhos sobre algumas questões: características individuais – dados biográficos (idade, sexo, índice de massa corporal – IMC, habilitações académicas, ocupação, alterações gerais de peso desde o primeiro confinamento) e motivos de maior ou menor adesão a uma prática regular de atividade física. Foi realizada uma análise dos dados com o programa SPSS (versão 27.0) e recorremos a provas estatísticas variadas para análise descritiva (frequência; percentagem), comparativa [média e desvio padrão; Qui Quadrado (X2)] e correlacional [Spearman ( )]. Os resultados permitem-nos concluir que os inquiridos do estudo, alguns já em situação de risco quanto IMC, sofreram maiores alterações de peso, situação que registou valores diferentes consoante o sexo, o IMC e a ocupação naquele momento. O nível de adesão à pratica de AF regular oscilou, havendo um número aproximado dos que tiveram maior e menor envolvimento em práticase, numa maior quantidade de tempo passada em casa, liderou o trabalho de AF seguindo tutoriais e orientação por profissionais, nomeadamente de clubes e de educação física. Os motivos aduzidos a um maior nível de prática de AF regular e os mais favoráveis a essa prática foram: i) o gosto pela atividade física e com reforço positivo para as atividades de lazer ao ar livre e negativo para as práticas de ginásio; ii) a melhoria das capacidades físicas e a saúde e o bem-estar. As motivações de estética tiveram menos relevância e, quanto à importância do cuidado pelo corpo, foi o controlo da massa corporal que prevaleceu.
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