“…Com eles, e através de seus rastros, estabeleceram-se circuitos e entrepostos comerciais de diferentes magnitudes, escalas e alcances, capazes de conectar diversas partes do mundo, através de nódulos que são um mundo à parte (Wallerstein, 1974;Wolf, 1982;Hannerz, 2011). Juntos, mercadores e mercados, sujeitos e objetos, conformam mutuamente redes articuladas de nós e fluxos de informação, pessoas, mercadorias e capital -aquilo que Gustavo Lins Ribeiro (2010) denominou de sistema mundial não hegemônico, com isso referindo-se às composições de "de várias unidades localizadas em diferentes glocais conectados por agentes operando na globalização popular" (2010: 28), por sua vez em tensão com o sistema mundial hegemônico, baseado na lógica institucional e operativa dos detentores de poder tanto no que diz respeito ao Estado como ao capital privado. Sua intenção consiste, grosso modo, em jogar luz sobre as rede de produtores, vendedores e consumidores que usualmente não são considerados nas análises sobre globalização e, portanto, complexificar o debate em torno das categorias legítimas a partir das quais são definidas noções simultaneamente tão amplas e restritas, como "mercado informal" e comerciantes de rua 2 .…”