A gamificação da Botânica: uma estratégia para a cura da “cegueira botânica"

Abstract

O Ensino de Botânica tem sido motivo de diversas preocupações no Ensino Fundamental, uma delas é a falta de interesse por parte dos alunos e por parte de alguns professores que tem negligenciado o estudo das plantas. Essa falta de interesse é explicada pelo tipo de relação que temos com as plantas, uma vez que a maioria das pessoas não conseguem perceber as plantas cotidianamente o que chamamos de “cegueira botânica”. O presente trabalho tem a finalidade de promover a cura da “cegueira botânica” fazendo com que os alunos de fato compreenda e reconheça sua importância por meio uso do gamificação no qual foi criado um jogo didático de tabuleiro intitulado “Trilha Botânica”, aplicado para uma turma de 7° ano (6° série) do ensino fundamental. Com os resultados da atividade lúdica desenvolvida ficou demonstrada uma mudança significativa na aprendizagem dos alunos participantes e nós concluímos destacando que o uso da gamificação no ensino de Botânica constituem um recurso de grande potencial para a cura da “cegueira botânica”.
 Palavras-chave: Jogos didáticos; Ensino de botânica; Jogo de tabuleiro.

Criação de um herbário virtual como recurso didático para o ensino de Botânica

“…Esses tipos de ferramentas proporcionam uma autonomia para o aluno utilizar para estudos, sendo ele o protagonista do seu aprendizado no momento da busca. Além disso, ocorre que esses tipos de ferramentas virtuais estão atrelados ao cotidiano do aluno, o que motiva ainda mais a sua busca (Costa, Duarte & Gama, 2019).…”

Alunos do Ensino Médio da rede pública de Fortaleza-CE e o interesse pela Botânica

“…Este fator é determinante para a socialização das informações e limitador para o processo de ensino-aprendizagem (Pes, 2019). No contexto educacional, a falta de interesse demonstrada por parte do docente reflete diretamente no interesse dos alunos, que também passam a não entenderem a relevância do assunto ministrado, tornando-os indiferentes à disciplina estudada (Costa et al, 2019). Sabendo disso, é necessário que o docente atuante em sala de aula procure participar de formações continuadas a fim de preencher as lacunas deixadas pelos cursos de graduação (Pes, 2019).…”

“…Desta forma é cada vez mais comum a busca por ferramentas didáticas e métodos de ensino inovadores (e.g. Nascimento et al, 2013;Edson-Chaves et al, 2015;Paz & Souza, 2016;Nascimento et al, 2017;Lemos et al, 2018;Costa, Duarte & Gama, 2019;Dias et al, 2020;Marinho & Valle, 2020;Brasil-Peixoto et al, 2021), onde o professor desenvolva o pensamento crítico e se colocar no papel de mediador na construção do conhecimento pelo aluno, possibilitando uma aprendizagem significativa (Vasques et al, 2021a). Por entender essas demandas e se deparar frequentemente com os obstáculos associados ao ensino de Botânica Vasques et al (2021b) Diante disso, objetivou-se averiguar o interesse em Botânica de alunos do Ensino Médio da rede pública de Fortaleza, visando à melhoria da prática pedagógica.…”

Uso das plantas medicinais para fins terapêuticos por estudantes do Ensino Médio

“…As plantas medicinais podem ser ferramentas motivadoras no ensino de Biologia, uma vez que, vários aspectos podem ser abordados em conteúdos de botânica, tais como, nomenclatura, componentes químicos e estruturais, metabólitos primários e secundários, características evolutivas e ciclo da planta . Apesar disso, o ensino de botânica ainda é descontextualizado em sala de aula devido, às vezes, o livro didático ser a única forma de utilização, tornando assim, essa prática de ensino distante da realidade dos alunos (Costa, et al, 2019). Contudo, os estudantes precisam compreender a importância do ensino de botânica, o seu processo evolutivo, formas de reprodução, ressaltando a importância das plantas para todos os seres vivos que compreendem o ecossistema (Barbosa, et al, 2020).…”