O presente artigo aborda o sistema brasileiro de proteção social não contributivo, notadamente, pelo viés da transferência de renda, como ação integrante das intervenções do Sistema Único de Assistência Social - SUAS e seus impactos no cotidiano das crianças oriundas de famílias vulneráveis. Trata-se de uma discussão que se encontra em pauta na atual conjuntura, posto que a ascensão do sistema capitalista neoliberal, com seus efeitos deletérios, já vinham promovendo o recrudescimento das vulnerabilidades sociais e que, a partir da crise sanitária da Covid-19, a ampliação do quadro de desigualdades sociais tornou-se mais evidente desafiando a política da assistência social, por meio dos programas de transferência de renda, que se tornaram instrumento basilar de combate à pobreza e de redução das vulnerabilidades e desigualdades, a dar respostas concretas aos segmentos pauperizados numa realidade cujas condições de sobrevivência estão cada vez mais complexas.