Resumo: O presente artigo analisa a inserção da economia do Espírito Santo no atual paradigma tecnoeconômico. Este é caracterizado, sobretudo, pela inclusão das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) no processo produtivo, pelos processos de aprendizado, de produção de conhecimento, cooperação e de inovação, no qual as regiões, por meio de suas empresas, instituições de ensino e pesquisa e organismos de apoio a tais atividades, exercem papel de relevância. O Espírito Santo, por sua vez, apesar de seu forte crescimento via industrialização nas últimas décadas, não logrou um desempenho satisfatório na produção de ciência, tecnologia e inovação (o que fica evidente, por exemplo, na comparação do desempenho destas atividades com a parcela do PIB nacional que a economia capixaba ocupa e na análise de dados como os da PINTEC), denotando uma inserção deficiente no paradigma das tecnologias da informação e comunicação. Apesar da criação recente de instituições de apoio à C,T&I, os dados mostram que o estado continua seguindo um modelo de desenvolvimento baseado, sobretudo, na exploração de recursos naturais, com pouca produção de conhecimento via processos de cooperação e aprendizado, o que pode afetar seu potencial de crescimento no futuro, dados os limites ambientais e de espaço urbano característicos deste tipo de produção e também o fato de que algumas destas commodities, como o petróleo e o minério de ferro, são recursos não renováveis.Palavras-chave: paradigma tecnoeconômico; desenvolvimento regional; Espírito Santo.