1998
DOI: 10.1590/s0102-79721998000100010
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A criança na sociedade contemporânea: do ‘ainda não’ ao cidadão em exercício

Abstract: ResumoA sociedade contemporânea desenvolveu uma concepção de infância, instituída tanto pelo Estado moderno como pelas teorias psicológicas do desenvolvimento, em que a criança é vista como um 'ainda não'. Esta moratória infantil remete a criança para o lugar de objeto em um processo macrosocial encaminhado a uma futura sociedade ideal. Nos últimos anos, tem surgido uma preocupação com a participação da criança nos programas e intervenções psicosociais. Efetivar esta participação implica em um outro modo de co… Show more

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“…Constatamos ainda que, dentre todos os autores pesquisados, somente uma autora se posiciona contrariamente a que a família esteja na centralidade das políticas públicas para crianças e adolescentes. Andrade (1998) defende que a política para infância, enquanto política de ação social, não deve estar agrupada em família, educação ou saúde. Ela argumenta que a infância, como realidade social, frequentemente tem permanecido afastada e excluída das reflexões sobre os problemas sociais e a qualidade de vida e das aspirações sociais coletivas.…”
Section: Discussionunclassified
“…Constatamos ainda que, dentre todos os autores pesquisados, somente uma autora se posiciona contrariamente a que a família esteja na centralidade das políticas públicas para crianças e adolescentes. Andrade (1998) defende que a política para infância, enquanto política de ação social, não deve estar agrupada em família, educação ou saúde. Ela argumenta que a infância, como realidade social, frequentemente tem permanecido afastada e excluída das reflexões sobre os problemas sociais e a qualidade de vida e das aspirações sociais coletivas.…”
Section: Discussionunclassified
“…Inicialmente, a experimentadora leu, juntamente com a família participante, um texto que apresentava a organização familiar no período histórico de aproximadamente 1900 a 1950. Nesse modelo, a mulher é apresentada como mãe e cuidadora, responsável pelas tarefas domésticas, pela administração da casa, pelo cuidado dos filhos e do marido (Del Priore, 1993); o homem, como responsável por sustentar econômica e financeiramente a família, sendo uma figura de autoridade que se torna necessária para impor limites, transmitir valores e cultura (Setton, 2004); e a educação dos filhos, voltada para torná--los adultos bem-educados, contém muitos limites e pouco afeto (Andrade, 1998).…”
Section: Procedimentounclassified
“…Ao retirar da criança seu poder de trabalho, o Estado reforça a idéia de proteção e controle da infância assim como a ideologia de que a criança pertence aos pais, cabendo a estes a principal responsabilidade sobre aquele futuro adulto. A criança nunca é considerada individualmente, mas é condenada a uma situação de minoridade, baseando-se em um juízo coletivo que, por sua vez, se baseia em postulados de um modelo psicológico de criança (Andrade, 1998).…”
Section: O Lugar Social Da Criançaunclassified