A criança com TDAH: análise do desempenho escolar e engajamento motor

Abstract

Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4. INTRODUÇÃOO Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é definido como um distúrbio neuropsiquiátrico mais prevalente em crianças em idade escolar sendo caracterizado por comportamentos de desatenção, impulsividade e hiperatividade.1 A terminologia do TDAH é usada para descrever uma desordem específica do desenvolvimento apresentado por crianças com deficiências em sustentar a atenção, controlar os impulsos e as atividades motoras nas diversas situações de sua vida, pois mantêm seu corpo em contínuo movimento, revelando uma falta de controle do próprio corpo, indicando uma desarmonia entre o sentir, o pensar e o agir.2 Para um bom desempenho escolar, a criança necessita de longos períodos de concentração, ficar em um ambiente tranquilo e focado para realizar as tarefas escolares com sucesso, devendo haver um bom controle e ajuste de seu comportamento, fatores em que a criança com TDAH apresenta dificuldades, pois possui esse ajuste prejudicado. Em função desta falta de controle da impulsividade, as crianças com TDAH apresentam registros de suspensão, expulsão, reprovação e baixo desempenho em seu histórico escolar.

Entre a fronteira do aprender e o fracasso escolar no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

“…Essas atividades devem ser lúdicas, pois são indispensáveis à prática educativa, contribuindo e enriquecendo o desenvolvimento intelectual das crianças (PIAGET, 1973). Dados na literatura mostram que o baixo desempenho na ação motora da criança com TDAH (AMÉRICO et al, 2016) reforçam as características do transtorno enfatizadas por estudiosos da área. (BARKLEY, 1997;BENCZIK, 2000;ROHDE et al, 2000 As dificuldades na sala de aula são desafios encontrados pela escola com vários alunos e é preciso buscar vencer esses desafios a partir de estratégias que visem atender as necessidades de cada um, com ênfase na aprendizagem, inclusive os diagnosticados com TDAH (MOURA et al, 2019).…”

“…Sendo assim, possivelmente o fato de a criança com TDAH analisada precisar esperar a sua vez para participar das atividades, bem como ter materiais diversificados na mesma tarefa contribuiu para que a mesma se dispersasse ou Os atrasos no desempenho motor deste estudo reforçam modificasse a atividade, inclusive se envolvendo em confusões e transitando entre outros espaços da aula. Os problemas de atenção podem influenciar nas habilidades motoras básicas (estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fina e grossa)(CYPEL, 2000;AMÉRICO et al, 2016). Os alunos com TDAH tem uma tendência de emitir respostas rápidas, embora imprecisas (BARKLEY, 1997), bem como organização espacial, alinhamento e manutenção da postura corporal(RUBIO-GRILO et al, 2014), sendo que essa dificuldade de manutenção da postura pode ser determinante na capacidade de manter atenção nas atividades.…”

“…Os alunos com TDAH tem uma tendência de emitir respostas rápidas, embora imprecisas (BARKLEY, 1997), bem como organização espacial, alinhamento e manutenção da postura corporal(RUBIO-GRILO et al, 2014), sendo que essa dificuldade de manutenção da postura pode ser determinante na capacidade de manter atenção nas atividades. As atitudes de engajamento demonstram que a criança com TDAH realiza a maioria das habilidades com dificuldades para se concentrar, refletindo consequentemente no atraso do seu desempenho nas habilidades propostas durante a aula (AMÉRICO et al, 2016)…”

“…Nesse sentido, salienta-se a importância da reflexão pedagógica dos professores, redimensionando o papel do educador e colocando o aprendiz, principalmente quando esse tem dificuldades de atenção e aprendizagem, no centro do processo de ensino-aprendizagem. Para que ocorra esse processo é fundamental que cada professor utilize diferentes propostas metodológicas, optando por aquelas que melhor se ajustem às necessidades dos aprendizes, ao contexto escolar e às convicções do próprio educador (AMÉRICO et al, 2016). O baixo desempenho escolar tem sido fortemente associado à apresentação de níveis mais baixos de motivação intrínseca(MARTINELLI & GENARI, 2009;PAIVA & BORUCHOVITCH, 2010;MARTINELLI, 2014).…”