“…Marcada por certa dose de autogoverno por parte das elites locais, mas sem desmerecer de forma alguma o pertencimento desses indivíduos à monarquia, a monarquia pluricontinental elucida, por um lado, a centralidade do ultramar para o sustento do reino e da alta aristocracia e, por outro, um pacto entre a Coroa e os poderes locais na defesa, sustento e gestão do império. Por esse motivo, a aristocracia e os diversos graus do oficialato luso, uma caraterística marcantemente portuguesa, eram impelidos a circular pelo império servindo à monarquia (Monteiro, 2009;Fragoso, 2009;Fragoso e Sampaio, 2012;Guedes, 2011;Fragoso e Gouvêa, 2014). Esse último ponto é importante porque era o caso de João da Maia da Gama, um reinol que atuou como capitão-mor da Paraíba e procurou servir como governador de Pernambuco, Rio de Janeiro ou Minas Gerais (tentativas frustradas) antes de ser nomeado governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará.…”