“…Ou seja, além da expedição de títulos ou diplomas legais que conferiam um estatuto jurídico aos territórios coloniais (Estado do Brasil ou do Maranhão e Grão-Pará, capitanias reais ou donatariais, por exemplo), matéria abordada em outro estudo (Rocha, 2017), a ocupação efetiva, pela catequese daquela população preexistente -o indígena -, era imprescindível. Conforme o estudo referido, o processo de consolidação do Cabo Norte como território colonial lusitano dependia, portanto, da política imperial portuguesa no globo e do delicado equilíbrio de poder entre as potências europeias no continente e em seus respectivos impérios coloniais (Rocha, 2017). Contudo, enquanto objeto do presente artigo, eram indispensáveis, por um lado, o equilíbrio entre políticas indígenas e indigenistas (praticadas respectivamente pelas diversas nações indígenas e pelas referidas potências coloniais europeias) e, por outro, a consideração dos interesses e das ações adotadas por variados indivíduos e/ou grupos que habitavam ou percorriam as regiões próximas à foz do rio Amazonas -índios, negros, mestiços, missionários, colonos e autoridades portuguesas ou francesas, entre outros.…”