2017
DOI: 10.1590/tem-1980-542x2017v230307
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

“Domínio” e “posse”: as fronteiras coloniais de Portugal e da França no Cabo Norte (primeira metade do século XVIII)

Abstract: Resumo: Com o presente artigo, pretendemos analisar o território chamado de Cabo Norte (Amapá), durante a primeira metade do século XVIII, como espaço que agregava diversificados grupos sociais e interesses imperiais - especialmente os das Coroas de Portugal e França. Privilegiaremos as atuações da monarquia portuguesa e do governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará, João da Maia da Gama. Portanto, entre outros documentos, o estudo analisará as correspondências trocadas entre Maia da Gama e o governador de C… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
0
0
4

Year Published

2019
2019
2019
2019

Publication Types

Select...
2

Relationship

1
1

Authors

Journals

citations
Cited by 2 publications
(4 citation statements)
references
References 5 publications
(3 reference statements)
0
0
0
4
Order By: Relevance
“…Acreditamos que a fronteira deve ser observada em escalas micro e global. No caso desta última, a historiografia brasileira destaca a importância do tratado de 1713 para sanar conflitos envolvendo as potências coloniais europeias no continente, apesar de considerara a Amazônia uma área de colonização periférica ou marginal (Rocha, 2017), mas o silêncio predomina em relação às agitações regionais ocorridas na década de 1720 -no que se refere aos acontecimentos propriamente ditos ou ao protagonismo de negros e índios. Reduzindo a observação à escala local, consideramos que a fronteira direcionava a ação política dos mais variados grupos e os conectava ao globo (lembremos dos negros que atravessaram o Atlântico e do português que ameaçava rumar para Boston).…”
Section: Considerações Finaisunclassified
See 2 more Smart Citations
“…Acreditamos que a fronteira deve ser observada em escalas micro e global. No caso desta última, a historiografia brasileira destaca a importância do tratado de 1713 para sanar conflitos envolvendo as potências coloniais europeias no continente, apesar de considerara a Amazônia uma área de colonização periférica ou marginal (Rocha, 2017), mas o silêncio predomina em relação às agitações regionais ocorridas na década de 1720 -no que se refere aos acontecimentos propriamente ditos ou ao protagonismo de negros e índios. Reduzindo a observação à escala local, consideramos que a fronteira direcionava a ação política dos mais variados grupos e os conectava ao globo (lembremos dos negros que atravessaram o Atlântico e do português que ameaçava rumar para Boston).…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Ou seja, além da expedição de títulos ou diplomas legais que conferiam um estatuto jurídico aos territórios coloniais (Estado do Brasil ou do Maranhão e Grão-Pará, capitanias reais ou donatariais, por exemplo), matéria abordada em outro estudo (Rocha, 2017), a ocupação efetiva, pela catequese daquela população preexistente -o indígena -, era imprescindível. Conforme o estudo referido, o processo de consolidação do Cabo Norte como território colonial lusitano dependia, portanto, da política imperial portuguesa no globo e do delicado equilíbrio de poder entre as potências europeias no continente e em seus respectivos impérios coloniais (Rocha, 2017).…”
unclassified
See 1 more Smart Citation
“…As relações entre a colônia francesa de Caiena e os habitantes da Capitania do Pará constituem um tema ainda pouco explorado pelas respectivas historiografias no Brasil e na França. Apesar da evidente rivalidade política entre as duas entidades administrativas coloniais e suas respectivas coroas, é importante constatar que a fronteira estabelecida sobre o rio Oiapoque pelo Tratado de Utrecht, em 1713, não representava um obstáculo para o trânsito de pessoas e para o intercâmbio de produtos (Acevedo Marin e Gomes, 2003;Ale Rocha, 2017). Sobretudo, as sociedades indígenas do Cabo do Norte, como, por exemplo, os Aruã e os Maraon, aproveitavam esta porosidade para circular entre as duas colônias, ampliando assim a margem de manobra para suas resistências e negociações (Espelt-Bombin, 2018a;Bombardi, 2015;Nimuendajú, 1948, p. 197) 4 .…”
Section: Introductionunclassified