A Cidade de São Paulo do final do século XIX: João Teodoro Xavier de Matos e os primórdios do percurso de delineamento de um pensamento urbanístico moderno em São Paulo (1872 – 1875).

Abstract

Este artigo busca argumentar que durante a administração de João Teodoro Xavier de Matos a frente da então Província de São Paulo (1872 -1875) é um marco de uma prática político-administrativa relacionada com o desenvolvimento do pensamento urbanístico moderno paulista, cujo seu amadurecimento acontecerá nas primeiras décadas do século XX. Defende que, havia tanto a presença do ideário Europeu como norte-americana no debate teórico, bem como a produção da cidade como mercadoria, contribuiu com a dinâmica moderna de construir e operar sobre a cidade. Em ambos os casos, a então forma da capital paulista foi o resultado de um esforço de planejamento, por um lado, e por outro, do urbanismo como uma disciplina apoiada em um conjunto de conhecimentos que circulavam intensamente, gerando um fluxo -refluxo de ideias, experiências e ações que, ao aportarem em cada lugar, adquiriam especificidades. Neste contexto, a forma da cidade de São Paulo foi forjada ao longo de um processo de transferências, adaptações, transformações e inovações do ideário urbano internacional. Ao se configurar, revelou a modernidade que nos caracteriza: um tanto incompleta e um tanto que disforme, mas a possível dada às condições de contorno postas pela e para a sociedade brasileira do período.

Hip Hop Feminino e o Feminismo como Resistência da Juventude em Belém

“…Nesse contexto, é importante acentuar que não há "uma juventude", mas sim "várias juventudes", todas vivenciando realidades distintas, integrando grupos diferenciados e "pensando o mundo" de formas diversas. São vários os autores que analisam essas questões, tais como: Caiafa (1989), Costa (2000), Xavier (2000) e Borda (2008).…”

“…Em seu estudo sobre os "Punks", Caiafa (1989) denota a que a presença masculina no movimento era majoritária, sendo composto por jovens com baixa escolaridade, moradores de bairros periféricos e que reivindicavam o direito ao trabalho, à igualdade e à liberdade através de ações específicas, que incluem a postura agressiva e a violência física. Costa (2000), por sua vez, apontou características semelhantes em relação aos "Carecas do Subúrbio", que também eram jovens da periferia, filhos de operários e lutavam pelo direito ao emprego. Apesar dos pontos em comum, ressalta que os "Punks" e os "Carecas" eram inimigos.…”

A Exposição Universal de Chicago em 1893 e o yankismo paulista: visões sobre uma cidade imaginada

“…vemos no poema abaixo, publicado na coluna "Flauta de Pan" dava nas demais exposições internacionais, também o projeto da Exposição Continental nutria íntima relação com as estratégias de expansão da malha urbana e com as disputas sobre o território da cidade. Tão logo a proposta da Exposição é lançada, iniciam-se os debates sobre o melhor local para sua realização.De um lado, surgem defensores da exploração da região da Várzea do Carmo, há muito um terreno de experimentações urbanas, desde ao menos 1873 com a construção da Ilha do Amores sob o governo de João Teodoro Xavier(TOLEDO,1983;BARDEN, 2019). De outro, havia defensores de que o evento se realizasse no bairro do Ipiranga, dentro e em torno do Monumento do Ypiranga, então em etapas finais de construção.Os argumentos a favor da Várzea do Carmo se concentravam nos seguintes aspectos: a região se localizava no centro da cidade, de fácil acesso aos frequentadores da exposição uma vez que estava próxima a duas estações de trem; sua extensão permitiria abrigar uma série de edifícios e divertimentos previstos para a mostra; a realização do evento resolveria o antigo problema dos alagamentos na região e das condições insalubres que eles geravam.…”