A BNCC Da Reforma Do Ensino Médio: O Resgate De Um Empoeirado Discurso

Abstract

RESUMO: Neste texto nos ocupamos da reforma do ensino médio, com destaque para a produção da Base Nacional Comum Curricular BNCC). O objetivo é mostrar que, por trás de um discurso apresentado como ‘novo”, as propostas da reforma e de sua BNCC compõem um velho discurso e reiteram finalidades sufocadas pelas disputas em torno dos sentidos e finalidades que envolvem esta etapa da educação básica nos últimos 20 anos. Dentre as conclusões, se evidencia que a centralidade conferida à noção de competências no documento recupera o discurso presente nos textos de políticas curriculares do final da década de 90 e reintroduz os limites já identificados em pesquisas anteriores, dentre eles, o de que tal abordagem mostra-se limitada por seu caráter pragmático e a-histórico.

Um Estudo Sobre O Jovem Catopê Do Terno De Nossa Senhora Do Rosário Em Montes Claros-Mg Na Contemporaneidade

“…Dos jovens entre 15 a 29 anos, grupo etário estabelecido pelo Estatuto da Juventude, segundo Silva (2018), aproximadamente 25,1 milhões que não conseguiram o ensino superior completo, não estavam nas escolas estudando e nem se qualifi cando. Dado relevante para refl etirmos onde estes jovens estavam, muitas das possíveis causas estão relacionadas às condições socioeconômicas como no trabalho informal devido à necessidade fi nanceira, muitos abandonam os estudos.…”

“…Conforme Silva (2018), 23% dos jovens entre 15 a 29 anos no ano de 2017, não estudavam e não trabalhavam, diferentemente do ano de 2016 que foram 21,9%. Observando um aumento considerável.…”

Itinerários formativos na BNCC do Ensino Médio: identificações docentes e projetos de vida juvenis

“…Considerando o modo impositivo como a reforma do ensino médio foi instaurada, abortando por meio de uma Medida Provisória um processo de reforma em curso (Ferreti & Silva, 2017;Silva, 2018), bem como a desconsideração de um debate com comunidades disciplinares, haja vista a reação inicial frente às disciplinas que se viram excluídas da reforma -notadamente Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física -, é possível afirmar sua inserção em uma lógica autoritária. Tal lógica desconsidera que mudanças, dentre elas as curriculares, sempre estão em um processo de negociação com práticas instituídas.…”

“EU VEJO O FUTURO REPETIR O PASSADO”: BNCC, neoliberalismo e o retorno aos anos 1990

“…Nesse contexto, tem-se procurado formas para que o ensino médio possa responder às demandas do modo de produção capitalista, atendendo aos interesses do mercado e contribuindo para formação de indivíduos condicionados ao modelo de sociedade do Capital. Essa adequação entre ensino médio e mercado ficou evidente no mandato de Michel Temer (2016-2018. O presidente propôs políticas educacionais que foram implantadas sem as devidas discussões e o debate com a sociedade civil organizada.…”