A ansiedade físico-social versa sobre a sensação de desconforto vivenciado quando há uma situação real ou imaginária, na qual parte ou todo o corpo é exposto ao julgamento de outra pessoa. Objetivo: Verificar a estrutura fatorial da versão brasileira da Social Physique Anxiety Scale em uma amostra de referência de pessoas amputadas. Métodos: Foi realizada análise fatorial confirmatória com os dados obtidos de uma amostra de 100 participantes, dos quais 99% eram homens, com idade média de 48,26 (± 18,26; máx= 82; mín= 15) anos e tempo médio de amputação de 76,36 (±95,36; máx= 504; mín= 1) meses, para averiguação do melhor ajuste entre os modelos unidimensional e bidimensional. Calculados valores da confiabilidade de constructo e do teste de alpha de Conbrach para determinar evidências de confiabilidade. Para a validade de constructo, geradas evidências de validade convergente e discriminante. Evidências de validade convergente foram geradas pela variância média extraída (AVE) e pela análise da correlação com medida de constructo semelhante. Para a validade discriminante, foi verificado se havia a diferença teoricamente esperada entre dois grupos. Resultados: O modelo com melhor ajuste foi o unidimensional após a eliminação de quatro itens (RMSEA= 0,074, χ2/gl= 1,54, CFI= 1, NFI= 0,98, NNFI= 1, AGFI= 0,98, GFI= 0,99, AIC= 62,84). As evidências de confiabilidade interna e discriminante foram satisfatoriamente geradas para o modelo de medida, havendo uma ressalva à validade convergente, com baixo valor de variância média extraída. Conclusão: A escala pode ser usada no Brasil para avaliar a ansiedade físico-social em pessoas amputadas.