“…Essa situação está se transformando (Gold e Peña, 2018) e já podemos classificar bons estudos que tentam abordar essa questão sob diferentes perspectivas 4 . Contudo, a maioria concentra as observações em momentos específicos, como em processos de abertura democrática na América Latina e no Leste Europeu (Alvarez, 1990;Glenn, 2003;Van Cott, 2005;Combes, 2009), em campanhas eleitorais (Blee e Currier, 2006;Fischer, 2012;Gold e Peña, 2018) ou em contextos sociais e políticos críticos que geram grandes protestos, como nos casos recentes da Primavera Árabe, da luta contra medidas econômicas austeras na Europa (Taibo;2011;Bringel, 2015) e do processo de impeachment da presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff (Alonso e Mische, 2016;Dias, 2017;Tatagiba, 2018).…”
Resumo O objetivo deste artigo é aproximar analiticamente duas literaturas que geralmente caminharam apartadas: a de movimentos sociais e a de partidos políticos. Propomos um debate sobre os processos de formação de identidade coletiva e de identidade partidária junto com elementos que definem a escolha de estratégia dos movimentos sociais e dos partidos políticos. Argumentamos que questões de identidade e de estratégia terão peso importante para estabelecer as interações entre movimentos sociais e partidos políticos e que tais interações podem ocorrer a partir da intermediação de lideranças sociopartidárias influentes tanto no campo social quanto no partidário. A discussão teórica foi desenvolvida com base em estudo de caso que observou a articulação de líderes do movimento ambientalista com partidos políticos, especialmente com o Partido dos Trabalhadores, desde a década de 1980 até o processo de formação da Rede Sustentabilidade. A intermediação da líder Marina Silva entre mundo social e mundo partidário foi fundamental para que lideranças do movimento ambientalista adentrassem os partidos políticos e suas arenas: legislativa, governamental e eleitoral. Concluímos que a relação prévia do movimento ambientalista com o Partido dos Trabalhadores foi crucial para a decisão de ambientalistas se engajarem na formação de um novo partido, a Rede Sustentabilidade.
“…Essa situação está se transformando (Gold e Peña, 2018) e já podemos classificar bons estudos que tentam abordar essa questão sob diferentes perspectivas 4 . Contudo, a maioria concentra as observações em momentos específicos, como em processos de abertura democrática na América Latina e no Leste Europeu (Alvarez, 1990;Glenn, 2003;Van Cott, 2005;Combes, 2009), em campanhas eleitorais (Blee e Currier, 2006;Fischer, 2012;Gold e Peña, 2018) ou em contextos sociais e políticos críticos que geram grandes protestos, como nos casos recentes da Primavera Árabe, da luta contra medidas econômicas austeras na Europa (Taibo;2011;Bringel, 2015) e do processo de impeachment da presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff (Alonso e Mische, 2016;Dias, 2017;Tatagiba, 2018).…”
Resumo O objetivo deste artigo é aproximar analiticamente duas literaturas que geralmente caminharam apartadas: a de movimentos sociais e a de partidos políticos. Propomos um debate sobre os processos de formação de identidade coletiva e de identidade partidária junto com elementos que definem a escolha de estratégia dos movimentos sociais e dos partidos políticos. Argumentamos que questões de identidade e de estratégia terão peso importante para estabelecer as interações entre movimentos sociais e partidos políticos e que tais interações podem ocorrer a partir da intermediação de lideranças sociopartidárias influentes tanto no campo social quanto no partidário. A discussão teórica foi desenvolvida com base em estudo de caso que observou a articulação de líderes do movimento ambientalista com partidos políticos, especialmente com o Partido dos Trabalhadores, desde a década de 1980 até o processo de formação da Rede Sustentabilidade. A intermediação da líder Marina Silva entre mundo social e mundo partidário foi fundamental para que lideranças do movimento ambientalista adentrassem os partidos políticos e suas arenas: legislativa, governamental e eleitoral. Concluímos que a relação prévia do movimento ambientalista com o Partido dos Trabalhadores foi crucial para a decisão de ambientalistas se engajarem na formação de um novo partido, a Rede Sustentabilidade.
“…sustentabilidade (Entrevista 15, 25/2/2014).O questionamento das formas tradicionais de se fazer política e a crise de representação é muito marcada e localizada nas mobilizações e protestos desencadeados por jovens e estudantes mundo afora Bringel (2015). eSchavelzon (2015) explicam como, na Espanha, o descontentamento com a democracia no país e as crises política e econômica levaram ativistas, muito mobilizados por jovens, às ruas a batalharem por mudanças do modelo político vigente, o que culminou em transformação dos repertórios dos movimentos sociais e também gerou inovações para o sistema político(Bringel, 2015). Von Bülow e Bidegain (2015) registram manifestações de estudantes no Chile contra as reformas no sistema estudantil e contra outras questões políticas que resultam numa reformulação da relação entre movimento estudantil e os partidos políticos.…”
unclassified
“…Bringel (2015) chama atenção para questão geracional ser um problema para mobilizações. Pode haver um não reconhecimento das novas formas de mobilização (atributos, visões de mundo, formas de socialização) por ativistas mais experiente e a deslegitimação de sua ação.…”
Resumo: O artigo tem como proposta discutir a questão geracional/intergeracional nos feminismos autônomos da cidade do Madri na nova dinâmica política espanhola a partir do movimento 15M. Dois aspectos centrais são desenvolvidos ao longo da discussão: a socialização das jovens ativistas na construção como feministas neste novo ciclo de mobilizações e o conflito ou compartilhamento intergeracional nos feminismos na cidade de Madri. As narrativas das jovens protagonistas dos feminismos autônomos, fruto de entrevistas semiestruturadas e observação participante fazem pensar que o compartilhamento geracional se traduz em uma maior densidade e diversidade do tecido feminista na cidade de Madri. E esta densidade e diversidade se dá, em grande medida, na importante participação de distintas gerações de mulheres no movimento 15M, a partir da Comissão de Feminismos Sol.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.