Fundamentos conceituais para uma teoria do planejamento urbano baseada em decisões

Abstract

ResumoApesar de as decisões serem essenciais ao planejamento, esse conceito não tem recebido a devida atenção na literatura, especialmente se considerarmos os avanços obtidos em outros campos do conhecimento, com especial destaque para as abordagens do apoio à decisão construtivista e da psicologia comportamental. Este artigo faz um breve apanhado de alguns desses avanços e, a partir deles, explora as repercussões de sua incorporação e reenquadramento em uma teoria do planejamento urbano. Para isso, inicialmente de ine o conceito de decisão adotado e propõe uma classi icação das decisões em três tipos: executivas, substantivas e processuais. Em seguida, explora quatro aspectos essenciais do planejamento cujo entendimento pode ser aprofundado sob a ótica da decisão: a) a construção de convicção sobre o problema; b) o caráter dinâmico da formulação do problema; c) a di iculdade e a necessidade de estimar desdobramentos futuros; d) as relações entre meios, ins e os con litos de interesses envolvidos; e e) a necessidade de abrangência e exaustividade. Por im, esses aspectos são utilizados como base para a identi icação de fragilidades nos atuais esforços de elaboração de planos de desenvolvimento urbano e de oportunidades de aperfeiçoamento na direção processos mais justos, democráticos e e icazes. Palavras

Del centro comercial a la centro-comercialización del espacio público

“…El comercio informal del que habla Espinosal promueve vínculos sociales en los vacíos urbanos y espacios en los que la consolidación residencial todavía no se ha desarrollado por completo (Tavares, 2009). En el campo de la gestión urbana, toda decisión acerca de la implantación comercial sobre el espacio público supone asumir una decisión de primer orden, una decisión ejecutiva que activa todo un proceso de acciones que afecta directamente al espacio de la ciudad y a su propia dinámica (Saboya, 2013). Este mismo autor, cita precisamente como ejemplo el de la implantación de un nuevo comercio en un lugar específico: posiblemente no esté pensando en el espacio público, sino en un suelo privado destinado a dicho fin por el planeamiento, pero si atendemos al potencial comercial del espacio público, mantenemos esa misma consideración de jerarquía decisoria en cuanto a gestión urbana se refiere.…”

A ação pública e a produção de vulnerabilidades socioambientais nas ocupações informais em Macapá-AP

“…Carlos ( 2007) discute sobre os desafios de gestão urbana no contexto pós-moderno e pondera que a realidade urbana está fortemente vinculada a processos de transformação, impostos pelas racionalidades dos agentes reguladores do espaço urbano produzindo mudanças significativas e rápidas na morfologia das cidades, bem como nos vínculos entre os habitantes e seus locais de moradia. Saboya (2013), por sua vez, discute sobre a precariedade do planejamento aqui adotado, que vai da ausência de reflexões teóricas condizentes às problemáticas das cidades brasileiras, percorrendo pelas deficiências na aplicação das leis urbanísticas, até a baixa operacionalização dos planos e programas. Soma-se ainda, a má condução dos processos participativos por parte dos profissionais envolvidos, principalmente após a obrigatoriedade de participação a partir da Lei 10.257/2001, o Estatuto da Cidade.…”

Urban planning as collective, progressive, interrelated and path-dependent decision making

“…The focus on partial problems manifests itself in four main ways: the first is through a concern about the process in itself, and all that have to be dealt with so that the decisions can be made in a manner considered adequate (SABOYA, 2013). We call these meta-decisions, since they are decisions about decisions.…”

“…It explains, therefore, a certain psychological need for comprehensiveness when dealing with complex problems. Although it is clear that it will never be achieved in these situations, the place where to draw a line between "enough information", "all relevant information" and "all potentially relevant information" is always a blurry one (SABOYA, 2013). Where to draw the line is in itself a meta-decision, and the agreement about whether the desired level of comprehensiveness and understanding has been achieved or not in a specific situation is in itself a matter of negotiation among participants.…”