Financiamento de parques tecnológicos: um estudo comparativo de casos brasileiros, portugueses e espanhóis

Abstract

As autoras agradecem à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) cujos apoios financeiros viabilizaram a realização da pesquisa relatada neste artigo.

Analysis of the relationship between physical infrastructure and the networks of inter-relationships in the Brazilian technological parks

“…Atrasas, Dias e Leite (2003) citam salas de reuniões, auditórios, salas de videoconferência, bancos, agências de viagens, hotéis e centros esportivos. Figlioli e Porto (2012) ressaltam a busca constante dos parques em adequar suas instalações, a fim de fomentar o processo de inovação através de um conjunto de infraestruturas físicas e citam como exemplo as infraestruturas básicas (terrenos, rede de água e esgoto, energia, telecomunicações, gás, rede viária e sinalização, áreas de estacionamento, passeios, tratamento e controle de resíduos, iluminação externa, infraestrutura de segurança e outros), os edifícios institucionais (instalações da gestão do parque, associações representativas, bancos de fomento e agências de desenvolvimento e de negócios), as infraestruturas tecnológicas (centros de P&D, laboratórios de uso conjunto e outros), edifícios de negócios (locação ou venda para instalação de empresas, tais como incubadoras e centros empresariais) e as áreas verdes e sociais (destinadas ao convívio social, à prestação de serviços ao indivíduo, creches, restaurantes, cafés, parques ecológicos, local para prática de esporte, lazer, academia e outros) (Figlioli & Porto, 2012 Quando uma infraestrutura é bem definida, de qualidade, utilizada como um mecanismo de atração e ainda favorável à interação entre as empresas, faz emergir um ambiente tecnológico pré-existente (ABDI & ANPROTEC, 2008), propício ao empreendedorismo, à inovação (Ferreira et al, 2012), ao desenvolvimento e ao crescimento (Gower & Harris, 1996).…”

“…A partir desse contexto, a proximidade física e geográfica, baseada na cooperação, se torna importante no incentivo à interação, permitindo que os recursos adquiridos sirvam de apoio às atividades, promovendo a economia de tempo, acordos de interação e adaptações complexas (Cantù, 2010), demonstrando a importância das infraestruturas físicas como ferramentas de interação (Baldoni & Furtado, 2014;Figlioli & Porto, 2012;Gower & Harris, 1996), tornando-se um fator crítico para o sucesso dos parques tecnológicos (Baldoni & Furtado, 2014).…”

“…Eles têm como objetivo a disseminação de novas tecnologias, a interação (empresas, universidade, governo e sociedade), a constituição de novas empresas e a criação de empregos (Vedovello et al, 2006). Estes empreendimentos também se caracterizam pelo incentivo à inovação, competitividade e a disseminação do conhecimento entre os seus parceiros (ABDI & ANPROTEC, 2008;Figlioli & Porto, 2012), ficando implícito em seu conceito a criação de estruturas físicas capazes de propiciar o desenvolvimento (Gower& Harris, 1996) e contribuir para o crescimento da região onde estão inseridos (Baldoni & Furtado, 2014;Pradella, 2013).…”

“…A infraestrutura física se torna uma ferramenta importante à interação nas redes de relacionamentos (Baldoni & Furtado, 2014;Figlioli & Porto, 2012;Gower & Harris, 1996) e Lucas Bonacina Roldan, Alexandre Bom Veiga, Peter Bent Hansen, Fernando Fantoni Bencke são considerados fatores críticos para o sucesso dos parques tecnológicos (Baldoni & Furtado, 2014).…”

Parques tecnológicos como espaço para a inovação

“…Por sua vez, os parques tecnológicos são empreendimentos posicionados em áreas geográficas delimitadas dentro ou próximo de universidades ou institutos de pesquisas com os quais mantêm relações formais. Estes parques geralmente acondicionam incubadoras tecnológicas, centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação -P,D&I, laboratórios, empresas de base tecnológica e/ou inovadoras, buscando o desenvolvimento regional, bem como das empresas que a eles se associam (FIGLIOLI;PORTO, 2012;ZOUAIN, 2003).…”