Carga de doença por sífilis congênita em Santa Catarina, 2009

Abstract

Objetivo: estimar a carga de doença por sífilis congênita no estado de Santa Catarina, Brasil. Métodos: estudo ecológico cujas unidades de análise foram as macrorregiões de saúde do estado, em 2009; investigaram-se notificações por sífilis congênita, conforme o Estudo de Carga de Doença no Brasil; foram calculados os indicadores YLL (Years of Life Lost) YLD (Years Lived with Disability) e DALY (Disability Adjusted Life Years). Resultados: não houve registro de óbito por sífilis congênita, de maneira que o número de YLL foi igual a zero e, por consequência, o de DALY igualou-se ao de YLD; foram estimados 52,92 de DALY, resultando nas taxas de 0,86 de DALY/100 mil habitantes e 68,07 de DALY/100 mil habitantes <1 ano de idade. Conclusão: a carga da doença por sífilis congênita foi estimada exclusivamente pelo indicador de incapacidade e pode ser considerada baixa na maioria das macrorregiões de saúde de Santa Catarina.

The burden of infectious diseases in the Brazilian Southern state of Santa Catarina

“…The burden was higher among women in the Sul region and among men in the Planalto Norte. A study conducted in Santa Catarina in 2009 showed that the region of Foz do Rio Itajaí and Grande Florianópolis had the highest burden of congenital syphilis, but no deaths were observed [5]. Cases of syphilis are based on notification by health professionals; therefore, cross-sectional studies do not present enough evidence to state that there was an actual increase in incidence because the change in numbers may be related to changes in case reporting quality.…”

“…The epidemiological measure Disability-Adjusted Life Years (DALY) estimates the sum of the number of Years Lived with Disability (YLD) and the number of Years of Life Lost (YLL) due to different diseases or health conditions [3]. In Brazil, the use of this measure is scarce and limited to a few instances [2,[4][5][6].…”

OCORRÊNCIA DE Treponema pallidum E FATORES EPIDEMIOLÓGICOS DA CIDADE DE LAGES, SANTA CATARINA

“…A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica de evolução crônica, além da transmissão sexual, pode ser transmitida de forma vertical e mais raramente por via indireta como forma iatrogênica e mais raramente sanguínea 2 . A transmissão transplacentária de mães que tiveram o tratamento inadequado, e de mães que não foram tratadas podem levar a graves consequências ao feto como abortos, natimortos, neonatos enfermos e perdas fetais tardias 3,4 .…”