O presente artigo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa de literatura de forma a esclarecer o prognóstico da Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC) em pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC). A IC consiste em uma síndrome clínica em que o coração não consegue suprir as demandas metabólicas do organismo ou quando essa demanda é suprida mediante a grandes pressões, seja por déficit de contração ou relaxamento do miocárdio. No Brasil, entre os anos de 2008 e 2017, foi a principal causa de hospitalização devido às alterações cardíacas e vasculares, que são consequências de doenças como hipertensão arterial sistêmica, isquemia do miocárdio, doenças valvares e cardiomiopatias. Nos últimos anos, novos métodos de tratamento foram sendo descobertos e utilizados, principalmente relacionados à mudança do estilo de vida, à farmacologia e ao uso de dispositivos implantáveis. A eficácia da TRC (dispositivo implantável) está comprovada por estudos clínicos diversos que demonstram uma resposta favorável e benefícios quanto à sintomatologia, melhora da qualidade de vida, redução das internações hospitalares e diminuição da mortalidade. Nada obstante, a resposta ao tratamento é individualizada, sendo influenciada pelas características clínicas do paciente.