“…Nesse sentido, nota-se que, a partir das políticas de expansão que abriram espaço para a emergência, consolidação e crescimento de um setor privado mercantil no país, no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, as instituições comunitárias passaram a enfrentar um cenário de concorrência nunca antes visto, o qual contribui para uma realidade de crise sem precedentes. O novo contexto pressiona o modelo comunitário e o leva à adoção de novas práticas -muitas delas consideradas "de mercado"para enxugar custos e sobreviver no ambiente competitivo que se configurou(FIOREZE, 2020;MOROSINI; FRANCO, 2006;SCHMIDT, 2014;BERTOLIN; DALMOLIN, 2014).É uma conjuntura nova que, embora marcada pela crise, também se caracteriza pela introdução de novas políticas dentro das ICES, com destaque para o Prouni, uma medida não só de expansão, mas também de democratização do acesso à educação superior. Criado em 2004, o Prouni trata da oferta de bolsas de estudos (integrais e parciais de 50%) nos cursos de nível superior oferecidos pelas IES privadas, lucrativas ou sem fins lucrativos(BRASIL, 2005).Na proposta original, que vigorou até o final de 2021, o programa destina-se a estudantes com renda familiar per capita mensal de zero a três salários mínimos, que cursaram o ensino médio em escolas públicas ou em escolas privadas na condição de bolsistas.…”