Educação Para as Relações Étnico-Raciais Na Formação De Professores De Química: Sobre a Lei 10.639/2003 No Ensino Superior

Abstract

Recebido em 06/01/2019; aceito em 06/05/2019; publicado na web em 26/06/2019 EDUCATION FOR ETHNIC-RACIAL RELATIONS IN THE TRAINING OF CHEMISTRY TEACHERS: ABOUT LAW 10.639/2003 IN HIGHER EDUCATION. In this paper, from the experiences of the Collective Ciata, we seek to elucidate theoreticalmethodological aspects that can establish the teaching of Chemistry for education for ethnic-racial relations and the implementation of law 10.639/2003. This research was based on the research-action technique. The recording of the interventions was done followed by transcription and analysis according to the theoretical reference of the analysis of the conversation. Our results show that racism is present in the classroom, therefore, also in Chemistry class. The teacher deals with the real school and must be trained to act in it. It is possible to promote curricular changes in favor of black populations by designing a curriculum that contemplates the ethnic-racial diversity of Brazilian society. Our results showed that it is possible to discuss in a Chemistry class subjects related to the proposals of the mentioned law, as well as, to approach concepts of related chemistry. For this purpose, knowledge was mobilized that were not present in the curriculum of the degree in Chemistry and, therefore, demanded training in service through the group of studies instituted by the Collective Ciata.

Da Ausência Para a Potência: Investigando a Comunicação Crítica e Popular Como Estratégia de Ensino de Ciências e Relações Étnico-Raciais

“…Assim, as investigações acerca da educação em ciências e educação para as relações étnico-raciais são enfoques de objetos de pesquisa nesses últimos anos, por exemplo, as contribuições do ensino de ciências/química para educação antirracista (Francisco Junior, 2008), Objetos Virtuais de Aprendizagens (OVA), (Pinheiro & Silva, 2008) a bioquímica do candomblé (Moreira et al, 2011), a mineração de metais (Benite et al, 2017), as produções científicas ancestrais do antigo Egito (Pinheiro, 2021), os/as químicos/as negros/as e o racismo institucional (Silva & Pinheiro, 2019). Como também se apresentam as desigualdades de raça e gênero e a produção científica (Benite et al, 2018), os protetores solares e a mídia (Vargas et al, 2018), a formação de professores/ as (Camargo & Benite, 2019), a química experimental e a produção de sabão (Alvino et al, 2020). Ciências | Volume 23 | e39125, 1-29 No contexto de pesquisas sobre educação das relações étnico-raciais e discussões sobre os meios comunicacionais, nas aulas de ciências, é incipiente os relatos sobre as complexidades dos elementos midiáticos e do conhecimento científico.…”

Denegrindo O Ensino De Ciências/Química: Um Percurso Para a Formação Docente

“…Apontamos em Camargo e Benite (2019aBenite ( , 2019b que não basta apenas os cursos de formação de professores de Ciências/Química fazerem menção em seus projetos pedagógicos aos dispositivos legais, a fim de atender às leis e diretrizes correlatas à educação para as relações étnico-raciais. É imperativo haver mudanças nas ementas das disciplinas que abranjam, especificamente, o objeto de conhecimento do curso o ensino de Química em curso de licenciatura em Química, por exemplopara que este profissional seja formado para atuar não apenas sendo não-racista, mas antirracista, ou seja, combatendo o racismo em sua prática docente.…”

Química ancestral africana

“…Muitas vezes, se retratadas, são vistas como civilizações atrasadas ou mesmo primitivas. (TOMAIN; TOMAIN, 2009, p.1) Para Camargo e Benite (2019), os conteúdos escolares, em diversos sentidos, foram editados com o intuito de resumir o local e o agente dos saberes a um único panorama: caucasiano, masculino e ocidental. Essa inferência de que os negros não produzem ou não produziam conhecimento vem sendo legitimada pela formação inicial de professores e professoras, favorecendo, assim, a reprodução e a determinação de que a ciência é, ou só pode ser, uma atividade exercida por brancos e europeus.…”