Ação coletiva e políticas públicas: mulheres camponesas na construção da Política de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas

Abstract

Este artigo analisa a atuação do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) no processo de construção da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA). Configura-se como um estudo de abordagem qualitativa, embasado no reconhecimento e na valorização das ações coletivas desse grupo social na área da saúde pública. As técnicas de coleta de dados consistiram na realização de observação participante, entrevista exploratória e grupo focal. A partir dos achados empíricos e com base no conceito de ação coletiva em Alberto Melucci, considera-se que as ações dos movimentos sociais influenciam a construção da política pública e a produção da realidade social, pois os resultados evidenciam o protagonismo do MMC em espaços representativos de planejamento, elaboração e avaliação de políticas públicas, como o Grupo da Terra, o observatório de acompanhamento e avaliação da referida política e os conselhos municipais de saúde. O MMC realiza ações de enfrentamento, resistência e pressão no Estado por meio de marchas, caminhadas e atos públicos, em parceria com outras organizações, em defesa da saúde pública e efetivação da PNSIPCFA. Também é protagonista no que se refere a ações de formação/capacitação junto ao Movimento para a disseminação e compreensão do conteúdo da Política.

Analise Da Assistência Prestada Pela Estratégia De Saúde Da Família as Mulheres Que Trabalham Na Agroecologia: Uma Revisão

“…A saúde da mulher camponesa, leva em consideração o contexto social onde ela reside, a situação geográfica, as questões de gêneros entre outros determinantes sociais que precisam serem levados em consideração pelas políticas públicas para as mulheres camponesas (WAZLAWOSKY, 2019E BERTONCELLO, 2017.…”

“…Não só isso, mas, estudos revelam que os movimentos de mulheres camponês (M. M. C) se comportam nesse processo como articuladores de atores sociais na luta pelas conquistas de direitos, algo que tem contribuído para as mudanças nas políticas de saúde. (VALANDRO, BADALOTTI E KLEB, 2017E VALANDRO, 2017 Por isso, a luta de classes foi um dos meios para que o movimento em prol da saúde da mulher camponesa ganhasse forças, através da busca por valorização, funções, importância histórica, e passaram a serem participes dos planejamentos, avaliação de ações realizadas (BERTOCELO, BADALOTE E KLEBA, 2018E BERTONCELLO, 2017.…”