Limitações da Avaliação Automatizada de Acessibilidade em uma Plataforma de MOOCS: Estudo de Caso de uma Plataforma Brasileira

Abstract

RESUMO Os Massive Open Online Courses (MOOCs) têm sido anunciados como uma ferramenta educacional promissora, impulsionando um elevado número de inscrições, de forma a viabilizar a aprendizagem de forma aberta e com ênfase na diversidade de usuários. No entanto, a literatura tem apontado a falta de acessibilidade em MOOCs. Com a intenção de aprimorar o suporte à acessibilidade de uma plataforma de MOOCs, um curso com material multiformato foi avaliado com uso de ferramentas automatizadas. Os resultados dos testes automatizados indicaram alguns problemas de acessibilidade da plataforma, que podem dificultar a participação de pessoas com deficiência, sinalizando a necessidade de projetar tais plataformas de forma inclusiva. Contudo, esse tipo de teste não é capaz de identificar áreas, funcionalidades e conteúdos relevantes dentro de uma página da web, bem como não é capaz de reconhecer diferentes papéis de usuários. O resultado é que áreas da plataforma que não são visíveis aos estudantes (como áreas de administração da plataforma e de edição dos cursos) também são avaliadas nesses testes - mesmo que não seja esse o objetivo. Por esse motivo, concluiu-se que, para avaliar o suporte à inclusão, é necessário aliar aos testes automatizados um método qualitativo. A indicação da limitação desse tipo de teste é a constatação mais importante.

Análise da acessibilidade dos serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para servidores com deficiência visual

“…Sobre a avaliação manual, Souza et al (2019) sugeriram que não seja feita apenas por desenvolvedores videntes, pois podem apresentar distorções. Mesmo que os desenvolvedores tenham familiaridade com o uso da ferramenta leitora de tela para uso das funções do sistema, e simulem a deficiência vedando os olhos, haverá a dificuldade de reproduzir a forma de navegação do usuário com deficiência visual, pela dificuldade de se desvincular da navegação que utiliza a forma visual.…”

“…Separar os serviços por sua plataforma, direciona o fluxo de avaliação da acessibilidade dos sistemas, que deve se orientar pelas heurísticas de usabilidade e pelas diretrizes de acessibilidade, e passar pela verificação manual dos desenvolvedores de softwares, pela avaliação automática quando o sistema for de plataforma web ou um App e, principalmente, pela avaliação da pessoa com diferentes graus de deficiência visual, para que a acessibilidade seja verificada na abrangência das diferentes necessidades, e com o uso de diferentes tecnologias assistivas (Bach et al, 2009;Tanaka, 2009;Dias, 2014;Santo et. al., 2017;Ramos & Dantas, 2017;Godoy, 2019;Souza et al, 2019;Oliveira, 2020;Schettini, 2020;Ribeiro & Gomes, 2020;Nielsen, 2020;Ferraz, 2020;Kaplan, 2021;Dall Agnol et. al., 2021).…”

“… Souza et al (2019). corroboram afirmando que, embora o uso apenas de softwares para identificar acessibilidade se demonstre ser menos onerosa e permite uma avaliação mais rápida em comparação às avaliações feitas diretamente com…”

Diretrizes para o design de interfaces de Ambientes Virtuais de Aprendizagem voltadas a usuários com baixa visão

“…A versão das diretrizes WcAG em 2020 é a 2.1. Segundo Souza et al (2019), esta versão "contém 17 novos itens, que atendem a uma gama ampla de necessidades específicas: de aprendizagem (3), baixa visão (4), fala (2), vestibular (1) motora (6), cegueira (1)". Ferati et al (2016) fazem uma afirmação pertinente sobre a aderência a estas diretrizes: mesmo que um web site atenda todas as diretrizes a experiência pode ser ruim se um leitor de tela não estiver disponível no idioma do usuário.…”

“…Essa avaliação foi feita em 2012, com uma versão muito antiga do Moodle (1.9), que não havia incorporado diversas ferramentas de acessibilidade. À medida que as diretrizes de acessibilidade evoluíram, o Moodle foi sendo melhorado de forma que em 2019, Souza et al (2019) realizaram uma avaliação automatizada da versão 2.9 do Moodle, usando duas ferramentas, e constataram que os problemas identificados por Calvo et al (2012) não estão mais presentes.…”