2020
DOI: 10.1590/tem-1980-542x2020v260205
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O meio militar como arena política: conflitos e disputas por direitos no Regimento de Homens Pardos do Rio de Janeiro, 1805

Abstract: Resumo: O objetivo deste artigo é examinar um episódio pontual - um ato de insubordinação de dois capitães do Regimento de Homens Pardos do Rio de Janeiro - como expressão de uma grande tensão, cotidiana, de disputas e redefinições de hierarquias sociais na virada para o século XIX. Tensão esta produzida pelo crescimento da população negra da cidade, fosse ela de escravos ou de livres e libertos, o que impôs uma discussão sobre os possíveis mecanismos - políticos e institucionais - para inseri-la na sociedade.

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“…Este é um ponto central a ser retido para o desdobramento do argumento que vem a seguir: o projeto político negacionista, sintetizado na figura política de Bolsonaro, opera nas fragilidades e brechas abertas pelo processo de redemocratização.Podemos localizar, nas Manifestações de Junho de 2013, o início da crise da democracia representativa brasileira ainda inconclusa no tempo presente. Se inicialmente os atos pautavam o direito à cidade por meio da redução das tarifas de ônibus nas cidades; em um segundo momento, elas assumiram um caráter amplo e difuso contra o sistema político, denunciando a blindagem representativa e trazendo para primeiro plano o combate à corrupção(NOBRE, 2013b).Assumindo um caráter antissistêmico, por vezes, as manifestações davam vazão a vozes que defendiam o fim do sistema político-partidário, o fechamento do Congresso Nacional, e uma intervenção militar como forma de sanar as mazelas da democracia(SOUZA, 2016). O conturbado processo de impeachment de DilmaRousseff em 2016(MIGUEL, 2017; SINGER, 2018), combinado à prisão política de Lula em 2018(SINGER, 2018), impulsionou a figura de Jair Bolsonaro enquanto liderança política capaz de canalizar o desejo de ruptura antissistêmica e de combater a violência e a corrupção.…”
unclassified
“…Este é um ponto central a ser retido para o desdobramento do argumento que vem a seguir: o projeto político negacionista, sintetizado na figura política de Bolsonaro, opera nas fragilidades e brechas abertas pelo processo de redemocratização.Podemos localizar, nas Manifestações de Junho de 2013, o início da crise da democracia representativa brasileira ainda inconclusa no tempo presente. Se inicialmente os atos pautavam o direito à cidade por meio da redução das tarifas de ônibus nas cidades; em um segundo momento, elas assumiram um caráter amplo e difuso contra o sistema político, denunciando a blindagem representativa e trazendo para primeiro plano o combate à corrupção(NOBRE, 2013b).Assumindo um caráter antissistêmico, por vezes, as manifestações davam vazão a vozes que defendiam o fim do sistema político-partidário, o fechamento do Congresso Nacional, e uma intervenção militar como forma de sanar as mazelas da democracia(SOUZA, 2016). O conturbado processo de impeachment de DilmaRousseff em 2016(MIGUEL, 2017; SINGER, 2018), combinado à prisão política de Lula em 2018(SINGER, 2018), impulsionou a figura de Jair Bolsonaro enquanto liderança política capaz de canalizar o desejo de ruptura antissistêmica e de combater a violência e a corrupção.…”
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