2019
DOI: 10.1590/s2178-14942019000100006
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DA ESCRAVIDÃO À LIBERDADE: A história de Maria da Conceição, roubada e escravizada (Nazaré, 1830-1876)

Abstract: Resumo Em 1830, Maria da Conceição, moradora da Vila de Nossa Senhora da Ajuda de Jaguaripe, recôncavo sul da Bahia, foi vítima da prática ilícita de “reduzir pessoa livre à escravidão”. No longo período de 1830 a 1876, permaneceu ilegalmente como escrava. No Brasil, a legislação em vigor poderia ajudar a referida “escrava” na tentativa de obter a sua liberdade de volta, mas o caminho empreendido por ela até a Justiça, na qual teve que provar sua condição de mulher livre, levou longos e penosos 46 anos. Essa h… Show more

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“…Com efeito, o artigo de Bento (2022) parece ignorar vários fenômenos, aspectos e estudos já desenvolvidos pela comunidade historiadora brasileira (QUEIROZ, 1988;FARIA, 2000;FURTADO, 2001;MACHADO, 2010;SOUSA, 2017;BARRETO, 2019). A princípio, ela parece ignorar, por exemplo, que o Brasil escravista não nasceu no século XIX.…”
Section: Gênero E Raça No Debate Sobre a Escravidão Atlânticaunclassified
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“…Com efeito, o artigo de Bento (2022) parece ignorar vários fenômenos, aspectos e estudos já desenvolvidos pela comunidade historiadora brasileira (QUEIROZ, 1988;FARIA, 2000;FURTADO, 2001;MACHADO, 2010;SOUSA, 2017;BARRETO, 2019). A princípio, ela parece ignorar, por exemplo, que o Brasil escravista não nasceu no século XIX.…”
Section: Gênero E Raça No Debate Sobre a Escravidão Atlânticaunclassified
“…E, mais ainda, eles estavam à mercê das negociações necessárias à eficiente imposição de suas vontades sob as populações escravizadas em seus domínios a fim de evitar ser alvo de recorrentes fugas individuais e coletivas, revoltas e levantes, além dos cada vez mais frequentes protestos abolicionistas (MACHADO, 2010). É preciso lembrar que desde, pelo menos, o século XIX há registros de pessoas escravizadas, principalmente mulheres, recorrendo ao judiciário para reivindicar o que consideravam um direito (alforria, batismo, matrimônio) ou até mesmo acusando senhores de escravização ilegal (MACHADO, 2010;BARRETO, 2019).…”
Section: Gênero E Raça No Debate Sobre a Escravidão Atlânticaunclassified
“…Virginia Barreto (2019) apresenta as atividades de outra mulher negra e "escrava de ganho": Antônia Francisca. Essa mulher, que teve rotinas de trabalho extensas e pesadas, vendia pelos mercados e arredores de vilarejos no Recôncavo baiano em busca de lucros para os senhores.…”
Section: Nos Estudos De Mariliaunclassified
“…Virginia Barreto (2019) em espaço e tempo distintos, suas trajetórias se entrecruzavam: "Durante o tempo em que ali viveu, Antônia construiu importantes laços de solidariedade com mulheres que, assim como ela, viveram as dificuldades de criar seus filhos sem a presença de um companheiro" (BARRETO, 2019, p. 106). Ademais, ela registra que, a partir de 1888, surgiu um cenário em que mulheres e homens negros egressos do cativeiro circulavam com mais frequência por praças e ambientes públicos das grandes capitais.…”
Section: Nos Estudos De Mariliaunclassified