Este artigo é parte de uma pesquisa maior que investiga o protagonismo das mulheres quilombolas na luta pelo território em duas regiões brasileiras: Norte e Sul. Ele apresenta os resultados de uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), artigos, teses e dissertações, que buscou responder à seguinte pergunta: quais as condições de vida e as estratégias de resistência das mulheres negras escravizadas no contexto de colonização da América Latina e, particularmente, do Brasil? Para isso, analisa a produção científica dos últimos cinco anos a respeito das estratégias de organização social e política dessas mulheres nos séculos XVIII e XIX. Os resultados das análises apontam que a “abolição ou anulação” da escravidão não se deu sem os ativismos dessas mulheres, que resistiram de diversas formas nos espaços público e privado, embora tenham permanecido invisibilizadas pelas intersecções de gênero, raça e classe e suas inúmeras tessituras nos sistemas de dominação.
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