2013
DOI: 10.1590/s1981-81222013000200009
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Fala fictícia fossilizada: o tempo futuro em Aikanã

Abstract: Resumo: O Aikanã, língua indígena geneticamente isolada do sul de Rondônia, tem uma maneira de expressar o tempo futuro verbal que é, à primeira vista, algo surpreendente. A construção, que é obrigatória para o tempo futuro, envolve, além de um morfema de futuro (-re-, ou futuro remoto-ta-), sempre um morfema da primeira pessoa (seja singular ou plural), independente de o verbo estar flexionado para pessoa (seja primeira ou não). Consequentemente, o tempo futuro em Aikanã sempre envolve dois marcadores pessoai… Show more

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“…(Voort, 2013, p. 363-4; grifos do autor). Voort (2013) ainda demonstra que esse morfema extra que acompanha o de futuro pode variar, dependendo da classe de declinação do verbo. Nos exemplos acima o verbo hari-é de declinação básica, mas, se o verbo for de declinação alternativa, ou se for um dos que usam prefixos para a marcação do sujeito, esse morfema de primeira pessoa do futuro muda, enquanto o de concordância fica sempre como básico.…”
Section: []unclassified
“…(Voort, 2013, p. 363-4; grifos do autor). Voort (2013) ainda demonstra que esse morfema extra que acompanha o de futuro pode variar, dependendo da classe de declinação do verbo. Nos exemplos acima o verbo hari-é de declinação básica, mas, se o verbo for de declinação alternativa, ou se for um dos que usam prefixos para a marcação do sujeito, esse morfema de primeira pessoa do futuro muda, enquanto o de concordância fica sempre como básico.…”
Section: []unclassified
“…Com base em pares mínimos encontrados, pode-se supor que o sistema fonológico da língua abrange pelo menos dez vogais: /a, e, i, o, u, ü, ã, ẽ, ĩ, ũ/. [...] Tanto Voort (2013) quanto Vasconcelos (2002) apresentam visão similar quanto ao inventário fonológico da língua Aikanã, composto por um quadro de 10 vogais e de 16 consoantes. Especificamente no que tange ao quadro vocálico, no nível fonológico, há discrepância quanto à altura de /e/, que figura ora como média, conforme Voort (2013), ora como média baixa, como aponta Vasconcelos (2002, p. 22), para quem o estatuto fonológico da língua Aikanã possui seis vogais orais, "(/i/, /Ɛ/, /ö/, /a/ /u/ /o/)", quadro que se repete quanto à nasalização de /e/.…”
Section: A Língua Aikanãunclassified
“…A partir da montagem de tal quadro comparativo, pudemos verificar a controvérsia de sua constituição; por exemplo, /e/ compõe o sistema fonológico do Aikanã de acordo com dados de Ribeiro e Cândido (2006), Voort (2013) e Birchall (apud STORTO, 2019); já quanto a /ǝ/, é considerado fonema em Vasconcelos (2002), mas alofone em Voort (2013); somente a presença da vogal /a/ é consenso entre todos - Vasconcelos (2002), Ribeiro e Cândido (2006), Silva (2012), Voort (2013) e Birchall (apud STORTO, 2019).…”
Section: Considerações Finaisunclassified
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“…A few years later, in 1941-1943, expeditions of the federal Indian Protection Service S.P.I. (see Zack 1943) and the National Department of Mineral Production 6 (see Dequech 1943) traversed southeastern Rondônia and contacted and worked with its indigenous populations. In 1948, the Swiss ethnographer Franz Caspar (1953) paid a brief visit to the Rio Branco region and returned in 1954-1955 to live for a year with the Tupari (see Caspar 1975).…”
Section: History Of Ethnolinguistic Research In Southeastern Rondôniamentioning
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