Tendências de mudanças na formação médica no Brasil: tipologia das escolas

O uso das boas práticas de atenção ao recém-nascido na primeira hora de vida nos diferentes modelos de atenção ao parto

“…Além disso, a concepção de formação profissional necessita priorizar também a promoção da saúde. (17) Um estudo realizado em 2014 e que utilizou a base de dados da pesquisa Nascer no Brasil revelou que as práticas de recepção do neonato a termo no Brasil possuíram grandes variações. Os resultados demonstraram que práticas consideradas inadequadas como uso de oxigênio inalatório (9,5%), aspiração de vias aéreas (71,1%), gás trica (39,7%) e uso de incubadora (8,8%) foram excessivamente empregadas.…”

“…Em consonância com as normas e recomendações que guiaram a pesquisa, temos a Diretriz Nacional de Assistência ao parto Normal, lançada em janeiro de 2016 pelo Ministério da saúde/CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de tecnologias no SUS), (17) que também discorre acerca da importância do contato pele a pele precoce e contínuo entre mãe e bebê, abolindo, assim, a separação destes por meio do encaminhamento para a unidade de calor radiante.…”

Quando o ensino da saúde percorre territórios: dez anos da Coordenadoria de Saúde

“…A Figura 1 mostra o perfil do curso de graduação na percepção de seus atores sociais (professores e alunos), de acordo com o que era preconizado pela política de formação para área da saúde e ao que estava definido nos documentos do Pró-Saúde e do próprio REUNI. O curso de Nutrição da UFRGS, ao expandir-se do centro do círculo para sua extremidade, demonstrava os pontos em que as transformações na lógica da formação do profissional nutricionista estavam ocorrendo ou não., Indicava as mudanças no curso que se desprendem de um modelo paradigmático flexneriano, tradicional, hospitalocêntrico, com o ensino centrado no docente, fragmentado em disciplina/especialidades, para um que facilita a construção do conhecimento pelo discente e a integração do curso com os serviços no sistema de saúde brasileiro em todos os pontos de atenção, comunidade e gestores, , denominado Paradigma da Integralidade (BRASIL, 2007;LAMPERT, 2002).…”

“…Para a autoavaliação foi utilizado o instrumento sugerido por Lampert (2002), que propõe abalizar tendências de mudanças nas instituições de ensino superior, ao se deslocarem de um modelo tradicional para configurações que se aproximavam da linha das recomendações dos fóruns de educação na área da saúde e das políticas de saúde nacionais e internacionais.…”

“…Cada eixo é constituído por 17 vetores que buscam distinguir, de maneira mais específica, os movimentos de mudança concernentes às determinações das diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação em Nutrição. Para cada um dos vetores são apresentadas três situações alternativas, caracterizando: alternativa 1 -situação tradicional do modelo flexneriano; alternativa 2 -situação de inovação, intermediária; e alternativa 3 -situação avançada para o modelo da integralidade (LAMPERT, 2002).…”