2003
DOI: 10.1590/s1981-77462003000100005
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Educar o trabalhador cidadão produtivo ou o ser humano emancipado?

Abstract: Este texto é parte da pesquisa "A Formação do Cidadão Produtivo"³, que tem por objetivo analisar as políticas de ensino médio técnico nos anos 80, bem como as reformas educativas nos anos 90. Observa-se que muitas noções ou conceitos têm significado próprio nos embates da ideologia da globalização ou da mundialização do capital, mas podem ser resgatados em formas societárias alternativas, tais como trabalho e trabalhador produtivo, cidadania, cidadão produtivo e emancipação, se resgatados na sua historicidade.… Show more

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“…A Educação de Jovens e Adultos deve ser pensada como um modelo pedagógico próprio, com objetivo de criar situações de ensino-aprendizagem adequadas às necessidades educacionais desse público, englobando as três funções citadas no Parecer 11/00 da CEB: a função reparadora, caracterizada pela entrada no circuito dos direitos civis e pela restauração de um direito negado, o direito a uma escola de qualidade e o conhecimento de igualdade de todo e qualquer ser humano; a função equalizadora, centrada em um atendimento pleno e legal, a trabalhadores e a tantos outros segmentos da sociedade, possibilitando-lhes a reentrada no sistema educacional; e a função permanente, voltada para uma educação de jovens e adultos que deve dar condições de atualizar conhecimentos por toda a vida, ou seja, deve dar condições de qualificação de vida para todos, de forma a propiciar que os educandos constituam aprendizado. É sabido que boa parte dos jovens e adultos que voltam a estudar apresenta em comum o desejo desobreviver no mundo do trabalho, o que não raramente leva a EJA a se constituir como uma mera fonte de acesso ao mercado profissional (FRIGOTTO, 2003). Sabe-se que a concepção de educação profissional e a estrutura educacional que dela deriva tem sido organizada, ao longo da história da educação, sob as determinações da conjuntura econômica e política dos diferentes países, desde a qual se tem buscado responder prioritariamente às https://doi.org/10.26694/les.v1i38.6033 expectativas do mercado de trabalho, da política econômica e a interesses de grupos e, secundariamente, às necessidades da clientela destinadas a essa parcela do processo formativo.…”
Section: A Educação De Jovens E Adultos: Primeiras Palavrasunclassified
“…A Educação de Jovens e Adultos deve ser pensada como um modelo pedagógico próprio, com objetivo de criar situações de ensino-aprendizagem adequadas às necessidades educacionais desse público, englobando as três funções citadas no Parecer 11/00 da CEB: a função reparadora, caracterizada pela entrada no circuito dos direitos civis e pela restauração de um direito negado, o direito a uma escola de qualidade e o conhecimento de igualdade de todo e qualquer ser humano; a função equalizadora, centrada em um atendimento pleno e legal, a trabalhadores e a tantos outros segmentos da sociedade, possibilitando-lhes a reentrada no sistema educacional; e a função permanente, voltada para uma educação de jovens e adultos que deve dar condições de atualizar conhecimentos por toda a vida, ou seja, deve dar condições de qualificação de vida para todos, de forma a propiciar que os educandos constituam aprendizado. É sabido que boa parte dos jovens e adultos que voltam a estudar apresenta em comum o desejo desobreviver no mundo do trabalho, o que não raramente leva a EJA a se constituir como uma mera fonte de acesso ao mercado profissional (FRIGOTTO, 2003). Sabe-se que a concepção de educação profissional e a estrutura educacional que dela deriva tem sido organizada, ao longo da história da educação, sob as determinações da conjuntura econômica e política dos diferentes países, desde a qual se tem buscado responder prioritariamente às https://doi.org/10.26694/les.v1i38.6033 expectativas do mercado de trabalho, da política econômica e a interesses de grupos e, secundariamente, às necessidades da clientela destinadas a essa parcela do processo formativo.…”
Section: A Educação De Jovens E Adultos: Primeiras Palavrasunclassified
“…A desigualdade social é naturalizada na nova ordem econômica da produção flexível e automatizada, com o crescimento incessante de desempregados, submetidos à lógica das exigências, permanentemente recriadas, de novas competências profissionais. Cria-se a representação da "sociedade do conhecimento e da formação permanente ao longo da vida", prescritas aos trabalhadores sem emprego, responsabilizados individualmente por sua desatualização tecnológica, denunciadas no Brasil e em Portugal (FRIGOTTO;CIAVATTA, 2003;ANTUNES, 2005;LIMA, 2005;MORAES, 2013).…”
Section: O Contexto Da Pesquisaunclassified
“…Dessa forma, pode-se afirmar que, sob o regime de acumulação flexível, a reestruturação produtiva reitera, no plano estrutural, a valorização do trabalho como mercadoria, força de trabalho, mas estabelece 'novas' formas de trabalhar. Já na dimensão superestrutural, ideológica, no plano simbólico, que a tudo invade para sustentar as relações capitalistas de produção, o tra-balho passa a ser representado pelas noções de polivalência, competência e empregabilidade (Frigotto, Ciavatta, 2003).…”
Section: Introductionunclassified