“…Ganham, hoje, a companhia das músicas de cunho religioso (as ditas "gospel") que crescem em ritmo acelerado, em contraposição aos demais ritmos que ficaram circunscritos a determinados setores, círculos e segmentos sociais. O chamado "Sertanejo Universitário", aliado ao processo de modernização e urbanização da sociedade brasileira, suplantou a chamada "música caipira" e se colocou, de forma hegemônica, como expressão da cultura rural, na cidade, principalmente nas regiões sudeste e centro-oeste do país, malgrado as críticas que o consideram uma total descaracterização dos vestígios dos modos de ser e de viver no campo, criados em outros tempos (SANTOS, 2011). A MPB (Música Popular Brasileira) que, pela própria denominação, deveria possuir um grande apelo e uma ampla base de adeptos, acabou assumindo um caráter elitista ao ser confinada em certos guetos, sobretudo, formados pela inteligentsia nacional.…”