2003
DOI: 10.1590/s1519-70772003000200002
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Uma avaliação do nível de evidenciação das companhias abertas, no Brasil, no tocante aos instrumentos financeiros

Abstract: O propósito deste trabalho é o de levantar o quadro atual da política de evidenciação de instrumentos financeiros por parte das companhias abertas no Brasil, através de suas demonstrações contábeis (data base de 31.12.2000). Uma pesquisa junto a 215 companhias abertas foi levada a efeito visando a avaliar se a divulgação de fatores de risco de mercado e de sua gestão foi feita adequadamente (de forma qualitativa e quantitativa), se as estratégias dispensadas ao uso dos instrumentos financeiros foram adequadame… Show more

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“…Desde 2014 o Brasil vem enfrentando contínua crise econômica e política, comprovado catalisador da exposição cambial e da volatilidade da taxa de câmbioSUNG, 2005;HASSAN et al, 2016), com destaque para os desdobramentos das Operações "Lava-Jato" e "Carne Fraca" no âmbito da Polícia Federal, que envolveram as empresas BRF S.A. e JBS S.A., tornando relevante o debate acerca do disclosure da exposição em moeda estrangeira em mercados globais cada vez mais integrados e voláteis (MAKAR; HUFFMAN, 2013), principalmente em se considerando a existência de normas contábeis obrigatórias, tais como o CPC 40.Nesse contexto, nosso estudo analisou as DFP dos exercícios de 2014 e 2018 das companhias abertas do setor de carnes e derivados listadas na B³, participantes do Novo Mercado e eminentemente exportadoras, com o objetivo de averiguar se as normas contábeis referentes à evidenciação de itens do balanço patrimonial expostos à variação de cotação de moedas estrangeiras (variação cambial) estão sendo devidamente implementadas e, principalmente, se ao usuário da informação é possível aferir, com clareza, a exposição cambial líquida e sua sensibilidade às variações do câmbio.Nossos resultados evidenciam que nenhuma das companhias torna públicas, de forma integral, suas políticas de gestão de riscos cambiais, ou mesmo as disponibiliza por meio de sua área de RI, ainda que se trate de informações sabidamente relevantes para os usuários externos (RODRIGUES; GALDI, 2017). Tal insuficiência no disclosure de políticas internas, já verificada em estudos anteriores(COSTA JUNIOR, 2003;DARÓS;BORBA, 2005; AMBROZINI, 2014), pode ser decorrente do caráter privado das informações acerca de gestão de risco ou mesmo à ausência de value-relevance, resultados alinhados com a literatura(DYE, 2001;VERRECCHIA, 2001;ESPEJO;DACIÊ, 2016;COELHO, 2018).Ademais, nossos resultados demonstram que o disclosure da exposição cambial das companhias do setor de carnes e derivados ainda pode ser considerado insuficiente vis-à-vis a norma contábil aplicável (CPC 40), já que além de não seguirem um padrão que permita, ao usuário externo, a comparação da informação contábil, os demonstrativos divulgados não tornam clara a exposição cambial líquida a que as empresas estão sujeitas, com destaque positivo apenas para as Notas Explicativas às DFP da JBS S.A., que além de deter o maior nível de disclosure em 2014, foi a única companhia que apresentou sensível aprimoramento nas divulgações correspondentes a 2018.…”
unclassified
“…Desde 2014 o Brasil vem enfrentando contínua crise econômica e política, comprovado catalisador da exposição cambial e da volatilidade da taxa de câmbioSUNG, 2005;HASSAN et al, 2016), com destaque para os desdobramentos das Operações "Lava-Jato" e "Carne Fraca" no âmbito da Polícia Federal, que envolveram as empresas BRF S.A. e JBS S.A., tornando relevante o debate acerca do disclosure da exposição em moeda estrangeira em mercados globais cada vez mais integrados e voláteis (MAKAR; HUFFMAN, 2013), principalmente em se considerando a existência de normas contábeis obrigatórias, tais como o CPC 40.Nesse contexto, nosso estudo analisou as DFP dos exercícios de 2014 e 2018 das companhias abertas do setor de carnes e derivados listadas na B³, participantes do Novo Mercado e eminentemente exportadoras, com o objetivo de averiguar se as normas contábeis referentes à evidenciação de itens do balanço patrimonial expostos à variação de cotação de moedas estrangeiras (variação cambial) estão sendo devidamente implementadas e, principalmente, se ao usuário da informação é possível aferir, com clareza, a exposição cambial líquida e sua sensibilidade às variações do câmbio.Nossos resultados evidenciam que nenhuma das companhias torna públicas, de forma integral, suas políticas de gestão de riscos cambiais, ou mesmo as disponibiliza por meio de sua área de RI, ainda que se trate de informações sabidamente relevantes para os usuários externos (RODRIGUES; GALDI, 2017). Tal insuficiência no disclosure de políticas internas, já verificada em estudos anteriores(COSTA JUNIOR, 2003;DARÓS;BORBA, 2005; AMBROZINI, 2014), pode ser decorrente do caráter privado das informações acerca de gestão de risco ou mesmo à ausência de value-relevance, resultados alinhados com a literatura(DYE, 2001;VERRECCHIA, 2001;ESPEJO;DACIÊ, 2016;COELHO, 2018).Ademais, nossos resultados demonstram que o disclosure da exposição cambial das companhias do setor de carnes e derivados ainda pode ser considerado insuficiente vis-à-vis a norma contábil aplicável (CPC 40), já que além de não seguirem um padrão que permita, ao usuário externo, a comparação da informação contábil, os demonstrativos divulgados não tornam clara a exposição cambial líquida a que as empresas estão sujeitas, com destaque positivo apenas para as Notas Explicativas às DFP da JBS S.A., que além de deter o maior nível de disclosure em 2014, foi a única companhia que apresentou sensível aprimoramento nas divulgações correspondentes a 2018.…”
unclassified
“…Quanto às questões normativas da evidenciação de hedge, pode-se citar Jacque (1981), Costa Junior (2003, Santos et al (2010) e Ambrozini (2014.…”
Section: Objetivosunclassified
“…STICCA; NAKAO, 2013), agency costs(BEATTY et al, 2012), firm's conservatism(MARTIN;ROYCHOWDHURY, 2015;BALL et al, 2008), and accounting informativeness of earnings announcements(BATTA et al, 2016).Specifically regarding disclosure,Lopes and Lima (2001) criticized the absence of an integrated ruling that comprehends all the specific derivatives aspects, as well asAmaral (2003), to whom the difficulty to frame derivatives accounting into traditional GAAP jeopardizes the full (voluntary) reporting in financial statements, so accounting users ignore the exact potential risks to what the firm is subjected to.Prior research has also discussed the lack of qualitative data regarding risk exposure and risk management policy(COSTA JUNIOR, 2003;DARÓS;BORBA, 2005), even upon mandatory accounting standards(MURCIA;SANTOS, 2009;AMBROZINI, 2014;STICCA et al, 2017), finding evidence that only firm's size and profitability are associated to higher disclosures on derivatives instruments, due to the demand for more transparent accounting information to a bigger group of stakeholders and interested market financial analysts(MAPURUNGA et al, 2011) Kanodia et al (2000). has showed the social benefits to hedge accounting disclosures under the perspective of price efficiency in the futures market, since it provides valuable information about firms' underlying risk exposures -without this information, the futures price market confounds information regarding firms' hedge-motivated trades with their speculative ones, making futures price inefficient, distorting the risk-sharing role of the futures market and thereby resulting in an increase in risk premiums.…”
mentioning
confidence: 99%