O condicionamento aeróbico e sua influência na resposta ao estresse mental em oficiais do Exército

Abstract

O estresse, ao mesmo tempo em que promove a adaptação do ser humano a diferentes situações, em níveis elevados ou se mantidos por longos períodos pode produzir conseqüências para o organismo, acarretando diversos problemas à saúde do indivíduo. A prática de exercício físico e elevada capacidade cardiorrespiratória parecem gerar proteção contra os efeitos indesejados do estresse. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do condicionamento físico aeróbico na resposta psicofisiológica a estressores laboratoriais em oficiais do Exército Brasileiro. Para tal, 438 militares realizaram o teste de 12 minutos de Cooper, a fim de avaliar a sua condição cardiorrespiratória. Depois, entre os que percorreram mais de 3.200m (VO2max estimado de 63,01 ± 2,73ml.kg¹.min¹) e menos do que 2.400m (VO2max estimado de 38,7 ± 1,68ml.kg¹.min¹), foram selecionados 28 militares, divididos igualmente em dois grupos denominados, respectivamente, de condicionamento superior (GSUP) e de condicionamento inferior (GINF). Após uma medida inicial em repouso, foram aplicados nos sujeitos dois estressores laboratoriais consecutivos, cold stressor e estressor matemático, enquanto se mensurava o nível de condutibilidade da pele (NCP) dos mesmos. Anteriormente ao início dos estressores, os grupos não apresentavam diferença entre si e, quando da aplicação destes, o GSUP apresentou menores valores de NCP que o GINF durante o cold stressor (9,29 ± 0,06µS e 9,40 ± 0,04µS; p = 0,009, respectivamente) e durante o estressor matemático (9,29 ± 0,07µS e 9,39 ± 0,07µS; p = 0,012, respectivamente). Os resultados sugerem que indivíduos com melhor condição cardiorrespiratória tendem a apresentar padrões reduzidos na resposta autonômica ao estresse, como indicado pelo comportamento dos níveis de condutibilidade na pele.

Relações entre Estresse, Distorções Cognitivas e Otimismo em Pacientes com Hipertensão

“…Uma vez que este estudo, em especial, contou com grande presença de militares e ex-militares (todos os participantes do sexo masculino), decidiu-se verificar a possibilidade desta composição ter interferido na vulnerabilidade ao estresse. As particularidades desta carreira incluem aspectos que se associam à redução do estresse, como a atividade física regular aeróbica (Rodrigues, Martinez, Duarte, & Ribeiro, 2007), apoio social fornecido pela instituição e, em alguns contextos, a exposição a situações adversas (Cotian, Vilete, Volchan, & Figueira, 2014). Mesmo excluindo os homens e, consequentemente, a parte da amostra composta de militares, não houve diferença significativa na proporção de pessoas com estresse entre os grupos (p = 0,877).…”

Revisão de artigos de ortopedia e medicina esportiva publicados em periódicos brasileiros

“…The outcomes suggest that the 16 week-WT program may cause important reductions in BP in young, normotensive and previously untrained women. Rodrigues et al 20 verified the effect of aerobic physical fitness on the psycho physiological response to laboratory stressors in Brazilian army officers. The results suggest that individuals with better cardiorespiratory fitness tend to present reduced patterns in autonomic response to stress, as shown by the behavior of the levels of conductibility on the skin.…”

Saúde Do Trabalhador Militar: Uma Revisão Integrativa

“…Outros estudos sobre a prevalência de doenças incapacitantes nos militares da ativa da Marinha Brasileira e Exército Brasileiro, demonstraram que doenças que ocorrem com maior frequência são os transtornos neuróticos, psicoses esquizofrênicas, hipertensão, surdez, e outras isquemias cardíacas crônicas; moléstias cardiovasculares, osteomusculares e conjuntivas, fraturas, luxações e entorses 14,15,16 . O estresse foi relacionado ao cotidiano de trabalho, e com conseqüências negativas para os relacionamentos familiares, em policiais militares do Rio de Janeiro 17 .…”