A indústria de rochas ornamentais registra intenso crescimento ao longo dos anos, no entanto, vem acompanhado da geração de detritos resultante do processamento do material rochoso, impulsionando assim, o interesse e necessidade de minimizar os impactos ambientais causados e propor a empregabilidade a estes rejeitos. O objetivo desta pesquisa é avaliar a viabilidade tecnológica dos subprodutos provenientes do granito Corumbá como insumo para fabricação de peças cerâmicas, por meio da investigação de suas propriedades físicas. A caracterização química e mineralógica do pó do granito foi realizada através da fluorescência de raios X e difração de raios X. Os corpos de prova foram compactados em diferentes cargas (20 kN, 40 kN, 60 kN e 80kN) e queimados às temperaturas de 1130°C e 1150°C. As peças cerâmicas foram investigadas quanto à retração linear, absorção de água, densidade específica aparente e porosidade. Os resultados permitiram concluir que a 1130ºC a sinterização demonstrou-se insuficiente, sendo necessária maior carga de compactação para redução da porosidade. A sinterização a 1150°C foi marcada por uma curva de gresificação exibindo baixa absorção de água e alta retração linear. Quanto à porosidade, a 1130ºC as amostras necessitaram de maior carga de compactação para ocorrer à diminuição de vazios e, a 1150°C, não houve variação estatisticamente significativa, o que sugere que as peças atingiram a saturação de compactação e que a porosidade independe da pressão de compactação, sendo esta vinculada à temperatura no qual foram sinterizados. Estas peças cerâmicas apresentam potencial de aplicabilidade na indústria da construção civil, como por exemplo, revestimentos cerâmicos.