2007
DOI: 10.1590/s1517-106x2007000200002
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Les chiens s’approchent, et s’éloignent

Abstract: L’essai propose une relecture de la tension entre poésie en vers et en prose chez Baudelaire à partir de l’opposition entre "chats" et "chiens", personnages récurrents dans l’œuvre du poète. Avec/ contre Baudelaire, l’auteur y propose l’affirmation de la prose - de la "prose en prose(s)" - et la renonciation, dans la poésie contemporaine, à toute manifestation du "sublime moderne".

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“…Se tem o mérito do didatismo, por outro lado a divisão proposta por Gleize (2007) Ora, valeria a pena considerar uma hipótese de sentido segundo a qual a enunciação de Le Spleen de Paris está afetada decisivamente por seu modo de destinar-se: afetada não apenas por uma visão abstrata de leitor ou de recepção, a ser eventualmente dramatizada, mas pela incorporação (na própria lógica textual) da dissimetria que essa destinação acaba criando na relação do sujeito com sua "mensagem" explícita. Analisar todas as consequências dessa hipótese exigiria um trabalho relativamente longo, pois atingiria na base determinados automatismos de leitura.…”
Section: Dispositivos De Indeterminação: a Figura Do Interlocutorunclassified
“…Se tem o mérito do didatismo, por outro lado a divisão proposta por Gleize (2007) Ora, valeria a pena considerar uma hipótese de sentido segundo a qual a enunciação de Le Spleen de Paris está afetada decisivamente por seu modo de destinar-se: afetada não apenas por uma visão abstrata de leitor ou de recepção, a ser eventualmente dramatizada, mas pela incorporação (na própria lógica textual) da dissimetria que essa destinação acaba criando na relação do sujeito com sua "mensagem" explícita. Analisar todas as consequências dessa hipótese exigiria um trabalho relativamente longo, pois atingiria na base determinados automatismos de leitura.…”
Section: Dispositivos De Indeterminação: a Figura Do Interlocutorunclassified
“…Nesse ponto, valeria observar possíveis consequências dessa releitura da poética valeryanacom suas modulações entre práticas e materiais heterogêneos -para o debate poético francês contemporâneo. Ora, o nome de Valéry costuma logo se associar à posição de poetas como Jean-Michel Maulpoix ou Michel Deguy -por sua defesa da poesia como uma experiência de hesitação se desvelando num espaço discursivo comum e vernacular que oscila entre poesia e prosa, altura e queda, sublimação e naufrágio (DEGUY, 2007, p. 15;SISCAR, 2016, p. 159-187) -e distanciar-se da posição de poetas como Pierre Alferi e Jean-Marie Gleize -que, evocando o Baudelaire de Spleen de Paris e Francis Ponge, propõem recusar toda sublimação, explorar a platitude neutral das prosas para remontar e reciclar as coisas, num plano de imanência cujo espaço é menos a língua vernacular do Cria ção Crí tica 2 5 que um campo radicalmente cotidiano de misturas de códigos, práticas e objetos verbais não identificados (GLEIZE, 2007;LEMOS, 2016). Contudo, tal associação entre a poética valeryana e a primeira posição não é isenta de atritos, como o próprio Deguy anotou -no prefácio que escreve à última edição dos Cahiers 1894-1914 de Valéry -ao declarar suas reservas em relação à aposta valeryana na convergência entre poema e matema, e dar preferência à precisão aferida não no plano dos N + S, mas no do juízo vernacular que compara e distingue (DEGUY, 2016).…”
Section: IVunclassified