Relação materno-filial da raça Morada Nova recebendo dietas com três níveis de energia, ao final da gestação

Abstract

RESUMO -Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos de diferentes níveis de energia ofertados no terço final da gestação sobre o comportamento materno-filial de animais da raça Morada Nova. O experimento consistiu de três tratamentos -três grupos de oito matrizes, alimentadas com dietas isoprotéicas contendo diferentes níveis energéticos (2,0; 2,4 e 2,8 Mcal EM/kg MS), com oito repetições cada. Observou-se efeito dos tratamentos sobre as variáveis comportamentais maternas avaliadas (vocalização, ato de cheirar e lamber a cria e a posição da ovelha -em pé ou deitada), nas ovelhas, mas não foi observada diferença para os comportamentos filiais (posição da cria, tempo decorrido do nascimento à primeira vez que ficou de pé, tempo decorrido do nascimento à primeira mamada, tempo total de mamadas) dos cordeiros. A mobilização de reservas ou o carreamento direto de nutrientes da dieta para o crescimento fetal normal, nos grupos alimentos com dietas contendo IntroduçãoO estabelecimento da relação entre a mãe e a cria ocorre nas primeiras horas pós-parto (Ramírez et al., 1996), período considerado crítico, pois possibilita o desenvolvimento e a manutenção do comportamento materno-filial. Em cabras e ovelhas, alguns minutos de contato garantem essa ativação, mantendo-se mesmo após uma separação forçada; o vínculo é individualizado e estabelecido por experiências vividas durante a gestação, o parto e os contatos iniciais com as crias (Costa & Cromberg, 1998). O conjunto de comportamentos para chamar atenção, incluindo cheirar, lamber e proteger o neonato, serve como instrumento para formação de um laço materno-filial seletivo (Alexander et al., 1974;Pinheiro et al., 1997).

<b>Ewe maternal behavior score to estimate lamb survival and performance during lactation

“…Moreover, results revealing that MBS was not correlated with the weight of the lamb at birth and the weight of the placenta show that there was apparently no close relationship between the ewe´s nutrition at the end of pregnancy (Clarke, Heasman, Juniper, & Symonds, 1998) and maternalfilial behavior. Mariz et al (2007) found that ewes receiving increased energy intake vocalized and licked more their offspring, but failed to change the lamb´s behavior. This result adds to what was already reported in a recent publication by Asmad et al (2014) that nutrition during pregnancy of sheep has a limited effect on performance of lambs from birth to weaning.…”

“…Several factors may influence maternal behavior (Hernandez, Matthews, Oliver, Bloomfield, & Harding, 2009;Corner et al, 2010), such as previous experience, breed, ewe body condition score, nutritional state, production system and other factors. Since young females may show little or no ability (Mariz et al, 2007;Dwyer, 2008;Dwyer, 2014), they reduce lamb viability without human interference. Fear-caused reaction by female sheep was greater in young animals than in older ones (Silveira, Fischer, & Mendonça, 2010).…”

Respostas fisiológicas, produtivas e comportamentais de ovelhas Santa Inês submetidas a manejos considerados estressantes e desempenho de seus cordeiros

“…A manutenção do comportamento materno é facilitada pela ação hormonal (estradiol, prolactina, ocitocina e opióides) e sensorial (audição, olfato e visão) (MARIZ et al, 2007). O olfato é extensivamente usado em muitos aspectos maternais em mamíferos, assegurando a coordenação das interações materno-filiais.…”

Ovelhas desafiadas no final da gestação: respostas comportamentais e reprodutivas de cordeiros

“…No terço final da gestação, ocorrem algumas mudanças fisiológicas que facilitam o reconhecimento do cordeiro pela mãe após o parto (POINDRON et al, 1980;LINDSAY, 1990 (POIDRON et al, 1980;MARIZ et al, 2007). TORRES-HERNANDEZ; HOHENBOKEN, 1979).…”