Recurrence of cervical intraepithelial neoplasia grades 2 or 3 in HIV-infected women treated by large loop excision of the transformation zone (LLETZ)

Abstract

CONTEXT AND OBJECTIVE: Women infected by HIV are more likely to have cervical cancer and its precursors. Treatment of the precursor lesions can prevent this neoplasia. The aim of this study was to assess the likelihood of recurrent cervical intraepithelial neoplasia grades 2 or 3 (CIN 2-3) in HIV-infected women, compared with HIV-negative women, all treated by large loop excision of the transformation zone (LLETZ). DESIGN AND SETTING: A cohort study in Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz (IFF-Fiocruz), Rio de Janeiro. METHOD: 55 HIV-positive and 212 HIV-negative women were followed up after LLETZ for CIN 2-3 (range: 6-133 months). RESULTS: The incidence of recurrent CIN 2-3 was 30.06/10,000 woman-months in the HIV-positive group and 4.88/10,000 woman-months in the HIV-negative group (relative risk, RR = 6.16; 95% confidence interval, CI: 2.07-18.34). The likelihood of recurrence reached 26% at the 62nd month of follow-up among the HIV-positive women, and remained stable at almost 0.6% at the 93rd month of follow-up among the HIV-negative women. We were unable to demonstrate other prognostic factors relating to CIN recurrence, but the use of highly active antiretroviral therapy (HAART) may decrease the risk of this occurrence among HIV patients. CONCLUSION: After LLETZ there is a higher risk of recurrence of CIN 2-3 among HIV-positive women than among HIV-negative women. This higher risk was not influenced by margin status or grade of cervical disease treated. The use of HAART may decrease the risk of this occurrence in HIV patients.

Neoplasia iNtraepitelial CerviCal: da etiopatogeNia ao desempeNho da teCNologia No rastreio e No seguimeNto

“…A epidemia do HIV é mundial. No final de 2006, cerca de 39 milhões de pessoas conviviam com o vírus do HIV, dos quais 1,7 milhão estavam na América Latina e 1/3 dessas pessoas, no Brasil (27) . A melhora dos índices de sobrevivência desses pacientes é consequência de um adequado manejo clínico, da profilaxia contra infecções comuns e do uso efetivo de antirretrovirais (26) .…”

“…A melhora dos índices de sobrevivência desses pacientes é consequência de um adequado manejo clínico, da profilaxia contra infecções comuns e do uso efetivo de antirretrovirais (26) . Esses fatos geraram maior atenção para as doenças crônicas e degenerativas, que até então pareciam irrelevantes, como por exemplo, o precursor do câncer cervical, que é mais prevalente em pacientes soropositivas (27) . Mulheres soropositivas têm alta prevalência e incidência tanto para infecção por HPV quanto para NIC 3, quando comparadas às mulheres soronegativas.…”

“…Da mesma maneira, quando a carga viral é maior que 10.000 cópias por mL, o risco de infecção por HPV aumenta em três vezes (28) . Estudos citados por Russomano et al mostraram que mulheres soropositivas apresentam alto risco de neoplasia intraepitelial cervical persistente e recorrente, mesmo após terapêutica-padrão (27) .…”

“…A persistência de infecção por HPV de alto risco oncogênico e de alterações histológicas após a conização aumenta o risco de NIC persistente ou recorrente e esta pode progredir para carcinoma invasor, na ausência de um tratamento efetivo (34) . O conhecimento de fatores de risco para a persistência da infecção por HPV ou NIC persistente/recorrente é essencial para a sua detecção precoce (27) . Idade, paridade, grau da lesão, status da margem e extensão glandular têm sido descritos como fatores de risco para HPV persistente e doença residual após conização.…”

Dysplasies cervicales chez les patientes ménopausées infectées par le VIH

“…Cela s'explique par une vitesse d'évolution vers le stade de lésion infiltrante plus rapide chez ces patientes, de 2,8 à 3,9 ans contre 7,6 à 16,2 ans chez les patientes séronégatives. Les récidives après prise en charge chirurgicale sont importantes chez les patientes infectées par le VIH [5][6][7]. Hors VIH, la ménopause reste un moment important de surveillance cervicale, la fréquence de lésions, la plupart de haut grade, est estimée à 1,5 % [8].…”