Correlação entre vocabulário expressivo e extensão média do enunciado em crianças com alteração específica de linguagem

Abstract

OBJETIVOS: verificar a influência da idade no desempenho lexical e gramatical, e investigar a existência de correlação entre vocabulário expressivo e as medidas de extensão média de enunciado em crianças com alteração específica de linguagem. MÉTODO: participaram do estudo trinta sujeitos com diagnóstico de alteração específica de linguagem, entre 4:0 a 6:11 anos, sendo dez de cada faixa etária. Todos realizaram de forma completa a prova de vocabulário expressivo (ABFW) e de Extensão Média do Enunciado, independente de gênero ou escolaridade. O estudo foi retrospectivo e a coleta de dados se baseou nas filmagens e gravações das provas acima mencionadas. RESULTADOS: o desempenho gramatical não apresentou diferença estatística entre as idades, mas foi observada correlação positiva entre o vocabulário expressivo e o uso de palavras de classe fechada, e entre o vocabulário expressivo e a extensão de palavras por enunciado (p-valor <0,05). CONCLUSÃO: a idade isolada não é capaz de predizer o aprimoramento do vocabulário e da gramática, porém a expansão do vocabulário de substantivos favorece o aumento do número de palavras por sentença e o uso de palavras com função exclusivamente gramatical.

School children with low birth weight inserted in system of Embu's education: construction of sentences

“…According to literature, by assessing vocabulary and the MLU of children aged between 4 years and 6 years and 11 months, with language impairment, it was possible to observe that the expansion of expressive vocabulary has been related to the increasing use of longer sentences and to the use of closed word classes, which confirmed that the process of word acquisition is essential for syntactic development (25) . This could explain the difficulty related to the closed words "before" and "behind," which is also observed for children who were born with low weight in our study (Table 2); such difficulty could be associated to vocabulary, which would influence sentence formation and the fewer words used in sentences when compared to children with normal weight at birth (Table 1).…”

“…Literature has demonstrated the relationship between the number of words in the vocabulary, verbal fluency, lexical access, and morphosyntax, which is related to semantic aspects (21)(22)(23)(24)(25) , leading to the idea that lexical competence is related with the ability of the speaker to decide on the grammar aspect of the words, as well as their proper usage in a specific context (21) .…”

Terapia fonoaudiológica de linguagem e teoria das inteligências múltiplas: investigação em prontuários

“…The characteristics of the patients whose records were analyzed are the following: minimal age of four years old (49 months) and maximal age of 17 years old (206 months); 15 male and 17 female. The patients records which were part of the sample presented the following diagnostic hypothesis: Language Disorder, Language Delay, Language disorder as part of global development delay, Language disorder caused by syndromes (to be clarified or clarified), Language disorder associated to development global impairments, Learning difficulties associated or not to other causes, Learning disorders, verbal or buco-linguo-facial dyspraxia associated or not to other causes and oral and written language disorders 7,8 . It is important to emphasize that the focus of this study is only the appraisal of therapy development in a general way, so the variable pathology was not analyzed in this research.…”

Extensão média do enunciado em crianças com síndrome de Down

“…No Brasil, a EME-m tem sido utilizada tanto em estudos sobre a linguagem de crianças com DT (Araújo, 2003;Araújo, Befi-Lopes, 2004;Fensterseifer, Ramos, 2003;Araújo, 2007), mais especificamente sobre o desenvolvimento gramatical, quanto de crianças com DEL (Araújo, 2007; Befi- Lopes et al, 2012) e com SD (Surian, Limongi, 2006;Marques, Limongi, 2011).…”

“…Em Português, a EME foi utilizada nos estudos com crianças com DT de Araújo (2003), Fensterseifer e Ramos (2003) Além do uso com crianças com DT, a EME também tem sido usada como um índice valioso na avaliação de crianças com distúrbios de linguagem, como o DEL (Bedore, Leonard, 1998;Leonard et al, 1999;Laws, Bishop, 2003;Hewitt et al, 2005;Araújo, 2007;Caselli et al, 2008;Rice et al, 2010;Yoder et al, 2011;Befi-Lopes et al, 2012) e a SD Vicari et al, 2000;Chapman et al, 2002;Miles, Chapman, 2002;Vicari et al, 2002;Laws, Bishop, 2003;Laws, 2004;Miles et al, 2006;Price et al, 2008;Marques, Limongi, 2011), além de ferramenta para pareamento entre populações (Eadie et al, 2002;Miller, Deevy, 2003;Rice et al, 2006;Thordardottir, Namazi, 2007).…”