2006
DOI: 10.1590/s1516-14982006000100006
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Pulsão de morte como efeito de supereu

Abstract: Diante da relativa indefinição da noção de pulsão de morte, assim como das grandes controvérsias a que deu lugar, a autora sugere que ao cunhar essa noção Freud apenas sinalizou sua preocupação com os fatos clínicos que ainda não tinha levado convenientemente em conta, e que só depois, com o desenvolvimento da teoria do supereu, ele consegue de fato cunhar ferramentas teóricas para a clínica dos quadros de atração pelo sofrimento e pela dor.

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“…Esta expressão indica que a identificação constitutiva do superego não deve ser entendida como uma mera identificação com pessoas, pelo contrário, o superego da criança não se forma à imagem dos seus pais. Rudge (2006) explica que a formação do superego resulta do que se pode compreender como um trauma estrutural e representa o resíduo das primeiríssi-mas identificações, constituindo o próprio núcleo do eu. A autora continua afirmando que o superego da criança é forjado à imagem do superego dos seus pais, enche-se do mesmo conteúdo do superego deles e torna-se o representante da tradição de todos os juízos de valor e da lei, que subsistem através das gerações.…”
Section: O Superegounclassified
“…Esta expressão indica que a identificação constitutiva do superego não deve ser entendida como uma mera identificação com pessoas, pelo contrário, o superego da criança não se forma à imagem dos seus pais. Rudge (2006) explica que a formação do superego resulta do que se pode compreender como um trauma estrutural e representa o resíduo das primeiríssi-mas identificações, constituindo o próprio núcleo do eu. A autora continua afirmando que o superego da criança é forjado à imagem do superego dos seus pais, enche-se do mesmo conteúdo do superego deles e torna-se o representante da tradição de todos os juízos de valor e da lei, que subsistem através das gerações.…”
Section: O Superegounclassified
“…Simplesmente tomar a violência do supereu como expressão da pulsão de morte não nos indica o caminho. É preciso que surja no processo analítico alguma abertura para a natureza do que foi e, às vezes, é ainda hoje em dia incorporado como desejo do Outro, que se deseja completar e satisfazer para esmorecer essa fixação (RUDGE, 2006).…”
Section: A Voz Como Objetounclassified
“…É dessa forma que optamos por trazer para essa discussão a relação entre pulsão de morte, supereu e masoquismo, indício de uma construção que se refere à mesma problemática, a saber, a repetição do mesmo, entendida como um obstáculo no sentido da cura (RUDGE, 2006). É por essa via que podemos compreender as implicações da piora no tratamento e nos deslocar um pouco mais do discurso desesperado e deseperançoso das patologias contemporâneas (Ibidem).…”
Section: Dor E Pulsão De Morteunclassified
“…Tal afirmação nos permite pensar que a necessidade de punição estaria em função da pulsão de morte (RUDGE, 2006), gerando prazer no 'sofrimento pelo sofrimento', mas por outro lado, em virtude da ligação com os componentes eróticos provoca uma satisfação libidinal. Baseados nisso, ressaltamos a relevância do masoquismo e da economia da dor na regulação dos processos psíquicos e vitais do sujeito (FORTES, 2007).…”
Section: Dor E Pulsão De Morteunclassified