2003
DOI: 10.1590/s1415-65552003000100005
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Dos corpos em rede às máquinas em rede: reestruturação do trabalho bancário e constituição do sujeito

Abstract: O presente artigo resulta de uma pesquisa que trata da inter-relação trabalho, tempo e subjetividade, focando-se na reestruturação do trabalho bancário e constituição do sujeito. Trata-se de um estudo de caso realizado em instituição bancária; os dados foram coletados em fontes documentais e iconográficas, discussões com grupos focais e entrevistas individuais semidirigidas. A análise dos dados seguiu orientações de Thompson para a Metodologia da Hermenêutica de Profundidade e discute dois eixos centrais: hist… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
2
1

Citation Types

0
0
0
9

Year Published

2004
2004
2016
2016

Publication Types

Select...
6

Relationship

0
6

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(9 citation statements)
references
References 0 publications
0
0
0
9
Order By: Relevance
“…A subjetividade dos indivíduos varia, entre outras questões, conforme as reestruturações que sofre o mundo do trabalho, sendo assim, de caráter dinâmico, por ser "coletiva, social e histórica" (GRISCI, 2003;LANCMAN;UCHIDA, 2003). Esta visão da subjetividade como dinâmica e mutável pressupõe que as pessoas são capazes de mudar os sentidos que conferem às coisas e a si próprias.…”
Section: Interfaces Entre Subjetividade E Trabalhounclassified
“…A subjetividade dos indivíduos varia, entre outras questões, conforme as reestruturações que sofre o mundo do trabalho, sendo assim, de caráter dinâmico, por ser "coletiva, social e histórica" (GRISCI, 2003;LANCMAN;UCHIDA, 2003). Esta visão da subjetividade como dinâmica e mutável pressupõe que as pessoas são capazes de mudar os sentidos que conferem às coisas e a si próprias.…”
Section: Interfaces Entre Subjetividade E Trabalhounclassified
“…Perpassado pelo que se pode denominar tempos mutantes (Grisci, 2003), em contraste com os tempos modernos forjados pela modernidade, o trabalho pós-industrial, ou o da modernidade líquida ou o da pós-modernidade, ou do novo capitalismo, conforme denominações propostas por autores como Harvey (1993), Cocco (2000), Bauman (2001) e Sennett (2003, produz um outro sujeito. Um sujeito que habita a velocidade, como diz Virilio (1996), já que o tempo se dilui a olhos vistos.…”
Section: Trabalho Imaterials E Subjetividadeunclassified
“…Essas inovações e mudanças se mostraram voltadas à maximização dos recursos disponíveis e ao aumento da produtividade humana, demandando requalificações dos sujeitos bancários. Novos conhecimentos e novos modos de ser deveriam ser incorporados num ritmo de trabalho caracterizado por uma velocidade até então inimaginável (Grisci, 2003).…”
Section: Reestruturação Produtiva Bancáriaunclassified
“…No que tange à redução no mercado de trabalho bancário correspondente à década anterior, Segnini (1999) já a relacionava à eliminação de postos de trabalho superpostos, superposição de agências, reestruturação das formas de gestão, fusão de postos de trabalho, bem como ao uso intensivo de tecnologias da informação. Sociologias, Porto Alegre, ano 6, nº 12, jul/dez 2004, p. 160-200 Estudos (ACCORSI, 1990;JINKINGS, 1996;LARANGEIRA, 1997;SEGNINI, 1998SEGNINI, , 1999GONÇALVES FILHO, 2000;PENELLA, 2000;CORAZZA, 2000;GRISCI, 2000GRISCI, , 2001GRISCI, , 2002RUFFEIL, 2002;BESSI, 2003) evidenciam que o trabalhador bancário vive, há algumas décadas, sob a influência de novas forças que o tomam de assalto. Anteriormente à onda mais intensa de automação bancária, iniciada no Brasil, nas décadas de 1980/1990, o trabalho bancário tinha uma conotação diferenciada da atual.…”
Section: Considerações Sobre O Temaunclassified
“…A referência feita ao PADV em contexto de reestruturação do trabalho permite que se depreenda, desde já, as mudanças enfrentadas pelos sujeitos da reestruturação do trabalho bancário, e que sujeitos tais mudanças constroem. Tal como refere Grisci (2001), o sujeito da reestruturação do trabalho bancário caracteriza-se como o que responde "eu faço, eu faço, eu faço" de modo imediato, a toda e qualquer demanda que se apresente, tratando-se de um trabalhador protótipo da flexibilidade, tido como contraponto do trabalhador massificado que o fordismo cunhou. Tal sujeito deve fazer frente às novas demandas do trabalho imaterial, bem como apresentar características pessoais que se tornam necessárias ao desenvolvimento e à manutenção das novas relações de serviço, como descritas por Lazzaratto e Negri (2001).…”
Section: Considerações Sobre O Temaunclassified