ResumoObjetivo: avaliar a neoformação óssea da sutura palatina mediana em diferentes fases do procedimento de expansão rápida da maxila por meio de imagem digitalizada e comparar a densidade radiográfica das diferentes áreas selecionadas ao longo dessa sutura nos períodos estabelecidos. Métodos: a amostra foi constituída por 23 indivíduos, na faixa etária de 9 a 12 anos, que foram submetidos à expansão rápida da maxila de acordo com um protocolo que consistiu, inicialmente, em uma volta completa no parafuso, seguida por ¼ de volta pela manhã e ¼ de volta à noite, durante duas semanas. Foram obtidas 69 radiografias oclusais em diferentes momentos do procedimento, as quais passaram pelo processo de digitalização via scanner e, posteriormente, foram submetidas ao programa Digora for Windows 5.6, para a realização das leituras de densidade radiográfica. Resultados: em todas as fases do procedimento, os valores obtidos dos níveis de cinza foram, em média, diferentes entre si, comprovando uma recuperação óssea parcial da sutura palatina mediana. Conclusões: os resultados revelaram que são necessários mais de três meses para a completa recuperação sutural após a expansão rápida da maxila e que o método utilizado para a leitura das densidades mostrou-se fiel, devido à sua capacidade de exibir detalhes. Portanto, conclui-se que o expansor deve ser removido somente após a total recuperação óssea sutural, a fim de evitar as recidivas.
INTRODUÇÃOA expansão rápida da maxila já é um procedimento consagrado na prática ortodôntica. Segundo Haas 5 , sua maior indicação é na correção das mordidas cruzadas posteriores causadas por deficiência transversal da maxila. Essa deficiência, somada à ausência de discrepância sagital entre as bases apicais, ocorre devido a uma alteração na conformação do arco dentário superior, que assume um aspecto triangular, caracterizando a atresia maxilar 1,2,18,19 .