A mordida aberta anterior é uma maloclusão caracterizada por um trespasse vertical negativo entre os dentes anteriores, quando os dentes posteriores estão em oclusão. Ela pode ser desenvolvida através de diversos fatores etiológicos, tais como os hábitos bucais deletérios (sucção de polegar ou chupeta), anquilose dentária, respiração bucal, amígdalas hipertróficas, interposição lingual e anormalidades no processo de erupção. Esses fatores interferem diretamente no crescimento e desenvolvimento normais das estruturas faciais. É uma das maloclusões de maior comprometimento estético-funcional, além das alterações dentárias e esqueléticas, e seu tratamento é constituído de diferentes abordagens, pois depende de sua classificação e severidade. O objetivo deste trabalho é destacar a importância do diagnóstico e tratamento da mordida aberta anterior, bem como mostrar o que pode causá-la, interferindo no correto funcionamento do sistema estomatognático e bem-estar do paciente.
A mordida aberta anterior é vista como um dos maiores desafios dos ortodontistas; essa má oclusão ainda é muito discutida por sua origem multifatorial e por ser considerada de grande importância aos pacientes pelo fator estético. Essa causa ocorre por uma combinação variável, congênita ou adquirida. Classificar a etiologia da mordida aberta anterior e a idade do paciente é o primeiro passo, e de grande importância, para entender e solucionar essa má oclusão que acomete tanto o gênero masculino quanto feminino, principalmente na infância e durante a troca de dentição. A mordida aberta anterior (MAA) pode ser definida como a presença de um trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Os profissionais da saúde precisam identificar precocemente a presença de hábitos bucais deletérios, pois a prevenção resulta em melhor qualidade de vida do paciente, favorecendo condições adequadas de alimentação, respiração e fala, melhorando harmonia e equilíbrio oral facial. Essa má oclusão, quando diagnosticada precocemente, aumenta as chances de sucesso da terapia ortodôntica
RESUMOexistem várias alterações nos arcos dentários, entre estas se encontram as de número, forma e tamanho dos dentes. o dente supranumerário representa um fator etiológico importante e frequente da má oclusão. este trabalho teve o objetivo de avaliar a prevalência de dentes supranumerários nos pacientes tratados nos cursos de pós-graduação em ortodontia da universidade cidade de são Paulo. a amostra, composta por 1117 radiografias panorâmicas de pacientes que se submeteram a tratamento ortodôntico corretivo, foi estudada quanto à distribuição da prevalência de dentes supranumerários entre os gêneros, os arcos dentários e as regiões bucais. a média de idade da amostra foi de 13,7 anos, sendo que 56% dos pacientes eram do gênero feminino e 44% do masculino. do total analisada, apenas 18 pacientes (1,61%) apresentaram dentes supranumerários. em relação ao gênero, verificou-se uma prevalência de 1,9% no gênero feminino, enquanto o gênero masculino apresentou prevalência de 1,2%. Na comparação entre os gêneros não se verificou diferença com significância estatística. No total foram constatados 24 dentes supranumerários, uma vez que existiram radiografias de pessoas com a presença de mais de um dente supranumerário. destes 24 dentes, 16 estavam no arco superior e 8 no arco inferior. A partir da metodologia aplicada e dos resultados obtidos, pôde-se concluir que: a prevalência de dentes supranumerários foi de 1,61% dos indivíduos da amostra; não se pôde verificar diferença significante na prevalência de supranumerários entre os gêneros masculino e feminino; e a prevalência de dentes supranumerários foi estatisticamente semelhante para os arcos dentários superior e inferior, apesar de 66,7% deles terem sido localizados no arco superior. Descritores: Ortodontia • Radiografia panorâmica • Anormalidades dentárias • Patologia bucal. ABSTRACTthere are several tooth abnormalities in the dental arches, which can be in the number, shape or size of the teeth. the supernumerary teeth represent an important etiologic factor of malocclusion, quietly frequent. this study aimed to evaluate the prevalence of supernumerary teeth in the patients who has been orthodontic treated in the Graduation course of university of são Paulo city (unicid). the sample, which consisted of 1117 panoramic radiographs of patients who have undergone orthodontic treatment, was studied on the distribution of the prevalence of supernumerary teeth gender, dental arches and mouth regions. the average age of the sample was 13.7 years, and 56% of patients were female and 44% male. of the total analyzed, only 18 patients (1.61%) had supernumerary teeth. Regarding to gender, there was a prevalence of 1.9% among females, while males showed prevalence of 1.2%. In comparing genders, there was no statistically significant difference. A total of 24 supernumerary teeth were observed, once existed radiographs from people with more than one supernumerary tooth. considering these 24 supernumerary teeth, 16 were located in the upper arch, while just 8 were in the lower ar...
A reabsorção radicular constitui uma lesão interna ou externa que promove o encurtamento da raiz dentária e apresenta uma origem multifatorial envolvendo variáveis anatômicas, fisiológicas e genéticas. Este estudo teve como objetivo verificar na literatura os fatores de risco determinantes para a reabsorção radicular relacionados com o tratamento ortodôntico em relação ao tipo de tratamento, força, movimento e duração de tratamento. A metodologia utilizada foi de uma pesquisa bibliográfica realizada na base de dados da Pubmed (Medline) e LILACS no período de 2008 a 2017. Os resultados mostraram que a reabsorção radicular pode ser considerada tanto um evento fisiológico, envolvendo a esfoliação dos dentes decíduos, como patológico, ao resultar de injúria traumática ou irritação do ligamento periodontal e/ou do tecido pulpar de dentes permanentes. Os dentes mais susceptíveis à reabsorção radicular são os incisivos centrais superiores, seguidos dos incisivos inferiores e os primeiros molares inferiores. Isso provavelmente é devido à extensão da movimentação ortodôntica nesses dentes ser geralmente maior que no restante da dentição. Assim a adequação da força e do tempo de tratamento pode minimizar o surgimento da reabsorção radicular, sendo importante também o acompanhamento radiográfico periódico tanto para detecção como para o controle de lesões radiculares. Pode-se concluir que, pelo fato de a reabsorção radicular ser imprevisível e depender de múltiplos fatores, é de primordial importância executar um diagnóstico cuidadoso e criterioso através de anamnese e exames radiográficos periapicais, para que seja planejada uma mecanoterapia racional.
O tratamento de má oclusão Classe III esquelética representa um grande desafio ao profissional. Quando a má oclusão de Classe III for determinada por uma retrusão maxilar, o tratamento ortopédico precoce é indicado, onde o tratamento de escolha é a disjunção palatina seguida do uso de máscaras faciais. O objetivo deste estudo é analisar e discutir fatores determinantes para o planejamento da expansão maxilar. A metodologia utilizada foi de uma pesquisa bibliográfica, realizada na base de dados da SCIELO e LILACS. Os resultados mostraram que os fatores determinantes para o planejamento da expansão maxilar dependerão do tempo do tratamento para se conseguirem resultados positivos, pois, variam muito, de acordo com as características da força empregada, tais como magnitude, direção e horas de uso; e as chances relação dos maxilares com o crânio, a dimensão vertical e a idade do paciente. Conclui-se que o uso da expansão rápida da maxila ou disjunção palatina associado à máscara facial é bastante eficaz no tratamento da má oclusão de Classe III em idade precoce.
Não há como questionar, nos dias de hoje, o aumento da popularidade dos braquetes autoligados. O marketing agressivo dos fabricantes, associado ao tom quase milagroso comentado por bons palestrantes, faz com que o ortodontista, geralmente o menos experiente seja seduzido pelas promessas e tratamentos rápidos, com menos efeitos colaterais e com ganhos monetários maiores do que os tratamentos realizados com braquetes convencionais. Muitas dessas características despertam a curiosidade em compará-los ao sistema convencional. Ao contrário dos braquetes tradicionais, os autoligáveis não necessitam de ligaduras, sejam elásticas ou metálicas. Existe grande disponibilidade de marcas e modelos no mercado inclusive de fabricantes nacionais com preços mais acessíveis. No entanto, na clínica diária, os ortodontistas ainda têm muitas dúvidas com relação a sua eficácia e utilização. Este estudo destina-se em fazer uma revisão de literatura sobre os braquetes autoligados e sua vantagem perante aos braquetes convencionais, auxiliando o ortodontista na eficiência de seus tratamentos ortodônticos.
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