Crescimento da base craniana nos diferentes tipos faciais nos relacionamentos maxilomandibulares ortopédicos de Classe I, II e III: parte 3 (Crescimento médio de CF-Po)

Abstract

OBJETIVO: este estudo retrospectivo avaliou o crescimento médio de CF-Po nos diferentes tipos faciais nos relacionamentos maxilomandibulares ortopédicos de Classe I, II e III. METODOLOGIA: uma amostra aleatória de 300 pacientes brasileiros leucodermas (131 do gênero masculino, 169 do gênero feminino), com idade média inicial de 10 anos e 2 meses (dentadura mista) e final de 14 anos e 8 meses (segundos molares em oclusão) e tempo médio de observação de 4 anos e 5 meses, foi selecionada em uma clínica particular, em São Paulo, Brasil. Havia 118 pacientes Classe I, 151 Classe II e 31 Classe III. Todas as 600 radiografias cefalométricas laterais foram obtidas no mesmo aparelho de raios-x. As análises de Ricketts e Schwarz modificadas por Faltin foram usadas. A medida linear CF-Po foi feita manualmente pelo mesmo examinador em T1 e T2. Os relacionamentos foram estudados juntos e separadamente, considerando tipo facial e gênero. A análise de variância de ANOVA foi aplicada. RESULTADOS E CONCLUSÕES: o tipo facial retrovertido mostrou-se significativamente desfavorável à correção de Classe III mandibular no gênero masculino; com tendência desfavorável à Classe II mandibular e crescimento ântero-posterior favorável na Classe I. O neutrovertido mostrou-se significativamente favorável à correção de Classe III mandibular em ambos os gêneros; com tendência favorável à correção de Classe II mandibular e ao crescimento ântero-posterior na Classe I. O provertido mostrou-se significativamente desfavorável à correção de Classe III em ambos os gêneros e favorável na Classe II mandibular e com tendência favorável de crescimento ântero-posterior na Classe I, principalmente no gênero masculino.

Tipologia facial aplicada à Fonoaudiologia: revisão de literatura

“…Por esse motivo, os dados utilizados no estudo podem ser utilizados de forma confiável para antecipar qual tipo de crescimento um paciente poderá apresentar. �sso traz informações tanto para o prognóstico, como tamb�m para o planejamento do tratamento ortop�dico/ortodôntico a ser empregado e dos resultados, favoráveis ou não, esperados diante de cada tipo de face e má oclusão (19,(25)(26) .…”

Estudo cefalométrico comparativo do triângulo da base do crânio, formado pelos pontos Ba, S e N, em jovens brasileiros Leucodermas, Xantodermas e Mestiços Nipo-brasileiros, com oclusão normal

“…Atualmente, a Ortodontia contesta valores absolutos ou padrões de normalidades, pois cada indivíduo apresenta arquitetura facial própria, havendo a necessidade de conhecer as diferenças existentes entre os grupos raciais e étnicos, respeitando a diferença de cada raça, especialmente na população brasileira, em que existe uma grande miscigenação PIERI et al, 2007a;PIERI et al, 2007b;ROCHA, 2012).…”

“…No grupo Leucoderma, a amostra total foi dividida por sexo e houve dimorfismo sexual, com indivíduos do sexo masculino apresentando crescimento mais significante do que o sexo feminino, conforme já descrito na literatura (ROCHE; PIERI et al, 2007a), com exceção da variável BaS.SN, todos os valores das variáveis são maiores no sexo masculino. O ângulo BaS.SN, com valor médio de 132,13 graus no sexo feminino apresentou diferença estatisticamente significante em relação ao valor médio de 126,51 graus comparado com o sexo masculino.…”

“…Devido à grande miscigenação no Brasil e a união entre diferentes grupos étnicos, é de extrema importância diferenciar as variações que as estruturas esqueléticas craniofaciais podem apresentar, pois cada raça apresenta padrões cefalométricos distintos (3,(5)(6)(7). A Ortodontia contesta valores absolutos ou padrões de normalidades, pois cada indivíduo apresenta arquitetura facial própria, havendo a necessidade de conhecer as diferenças existentes entre os tipos raciais e étnicos, respeitando a diferença de cada raça (8)(9)(10)(11)(12)(13). A base do crânio desenvolve-se precocemente em relação a outras estruturas craniofaciais, alcançando 90% do seu tamanho final entre 4 e 5 anos de idade (14,15).…”

“…Por se tratar de uma estrutura que atinge sua estabilidade precocemente, pode ser utilizado como um indicativo nos casos que ocorrem alguma alteração no crescimento, permitindo um diagnóstico antecipado e consequentemente um planejamento mais preciso. (1,9,(19)(20)(21)(22)…”